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Espanha espiada por agência norte-americana através de escutas de chamadas, diz El Mundo

ansans 600Espanha sob escuta. El Mundo adianta que a NSA (Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos) ouviram 60 milhões de chamadas de telefone do país vizinho, entre 10 de dezembro de 2012 e 8 de janeiro de 2013. A alegada espionagem dos EUA também envolve outros meios, como emails e comunicações no Facebook e Twitter.

O jornal espanhol El Mundo revela que Espanha este sob escuta dos EUA, com a NSA a ouvir em cerca de um mês mais de 60 milhões de chamadas realizadas em sol espanhol, durante os dias 10 de dezembro de 2012 e 8 de janeiro de 2013.

Este caso insere-se na espionagem que envolve outros países e líderes políticos europeus, entre os quais Angela Merkel, chanceler alemã que já contactou Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos, confrontando-o com o caso.

O El Mundo publica documentos secretos que estavam na posse de Edward Snowden. De acordo com esses documentos, a NSA espiou Espanha, ouvindo mais de 60 milhões de chamadas telefónicas apenas naquele período.

As chamadas foram intercetadas e organizadas pela Agência Nacional de Segurança, que as guardou num gráfico a que chamou “Espanha – Últimos 30 dias”.

Ainda segundo o El Mundo, apenas num dia (a 11 de dezembro), a NSA ouviu mais de três milhões de telefonemas feitos a partir de solo espanhol.

Não se conhece o teor dessas chamadas nem o princípio que esteve na origem da sua audição. Mas a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos anotou diversos dados, desde números de cartão SIM e duração dos telefonemas.

Porém, não são apenas os contactos telefónicos que estão a preocupar a NSA. Também as comunicações feitas através das redes sociais estarão a ser alvo de atos de espionagem por parte dos EUA.

O escândalo de espionagem que envolve a NSA está a colocar em risco as relações de confiança entre os norte-americanos e mesmo países considerados aliados, alguns dos quais europeus. Merkel está preocupada e confrontou Obama com essa atitude.

Sob o argumento da defesa da segurança do país, os EUA poderão estar a violar princípios básicos de estados de direito.

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