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Moreira acusa Governo de esquecer Porto no programa nacional de combate à pandemia

Depois de ouvir Duarte Mendes (a quem chama de “oráculo do Governo”) anunciar um programa de nacional de rastreio aos lares de idosos, que começa em Lisboa, Évora, Guarda, Aveiro, e Algarve, o presidente da Câmara Municipal do Porto lamentou que o programa do executivo ignore “cinco dos seis municípios que mais casos e mais mortes registam”.

Marques Mendes anunciou, no seu comentário semanal na SIC, no Jornal da Noite, que o Governo vai lançar um programa nacional de rastreio aos lares de idosos, a partir de hoje, em Lisboa, Évora, Guarda, Aveiro, e Algarve.

Rui Moreira reagiu, nas redes sociais, com um elogio irónico (“um programa que decalcará – e bem – o que aqui já começámos a fazer por iniciativa da Câmara do Porto, com o apoio dos hospitais e centros de saúde da cidade”) e uma crítica.

O edil da Invicta considera que o “programa nacional que nada diz, contudo, acerca do que se passa na Área Metropolitana do Porto e sobre qual o plano do Governo para cinco dos seis municípios que mais casos e mais mortes registam: Porto, Gaia, Maia, Matosinhos e Gondomar, de que o Porto é epicentro geográfico, demográfico e hospitalar”.

“Sabemos, contudo, que para Lisboa, com o apoio oficial e da televisão do Estado, decorre um peditório nacional para instalação de um hospital de campanha na capital”, acusou ainda, num post publicado no Facebook.

Rui Moreira sustenta que este “não é um tempo de bairrismo”, mas “é tempo de verdade”. “E é tempo, também, de recordar que Portugal é um Estado Nação, uno e indivisível”, continua.

Nesse sentido, o autarca do Porto defende que “em situação de emergência, se convoquem os recursos humanos e materiais para valer a quem tem necessidades mais prementes: os mais velhos, os mais frágeis, os doentes e os que vivem onde o ‘tsunami’ aportou”.

Compreendendo que os recursos sejam escassos, Rui Moreira elogia os “indómitos profissionais de saúde, os nossos heróis”, lembrando que “a sua coragem não chega”.

“Necessitam de meios, de equipamentos e de recursos que só o Estado pode suprir. Fazendo escolhas. Ora, é ineludível que as escolhas que estão a ser feitas não respondem à dimensão relativa da crise sanitária. Exorto por isso o Governo a disponibilizar de imediato e com prioridade atendível, os meios que afirma ter disponíveis. É possível, ainda, salvar muitas vidas”, conclui.

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