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Ministro “suicidou-se politicamente”, mas Costa “segurou um amigo”, diz Marques Mendes

A conferência de imprensa de Eduardo Cabrita, sobre a polémica no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), foi considerada “ridícula” por Marques Mendes.

No comentário semanal para a SIC Notícias, o ex-presidente do PSD sustentou que “é uma questão de tempo” até Cabrita deixar de ser ministro da Administração Interna.

“O ministro pode continuar, não tem é condições. É uma questão de tempo até sair. Agiu tarde e a más horas, depois agiu de forma pressionada e, em terceiro lugar, já está a ser criticado por toda a gente, incluindo no PS”, sustentou.

“Em política, o ridículo mata e ele suicidou-se. Diz que toda a gente esteve mal e só ele é que esteve bem, mas não fez nada durante nove meses, só fez agora”, reforçou Marques Mendes.

O comentador não escondeu a surpresa por ver Eduardo Cabrita “vangloriar-se” porque “inventou a ideia de que foi ele que salvou a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa”, ao apresentar-se como “o ministro dos fogos que evitou que houvesse mortos”.

“Um ministro que atua desta maneira, já que não tem o bom-senso de tomar a iniciativa de pedir a demissão, devia ser posto na rua imediatamente”, insistiu o antigo líder social-democrata.

Se Eduardo Cabrita “negligenciou e desvalorizou” o “assassinato” de um cidadão ucraniano nas instalações do SEF no aeroporto de Lisboa, em março, António Costa não fez melhor, continuou o comentador.

“O primeiro-ministro tem enorme responsabilidade, porque durante nove meses não fez nada. O primeiro-ministro não é apenas para esperar que os ministros façam, é para liderar”, explicou.

“Perante tudo isto, [António Costa] só tinha uma solução: substituir o ministro. Mas optou por defender um amigo”, frisou Marques Mendes, lembrando que, “quanto mais tarde” Eduardo Cabrita sair, “pior” será para o Governo.

O ex-presidente do PSD considerou também que “acelerar reforma do SEF é manobra de diversão”, dando como certo que “a reforma tem que ser feita” para salientar que “o ministro é que não tem condições para a fazer”.

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