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“As pessoas podem estar tranquilas em relação às vacinas”, garante Manuel Carmo Gomes

O epidemiologista Manuel Carmo Gomes afirmou publicamente que os portugueses podem confiar na vacina contra a covid-19, que tem uma “eficácia global de 95 por cento”.

Manuel Carmo Gomes, que faz parte da Comissão Técnica de Vacinação para a Covid-19, reconheceu ser “normal” que haja “dúvidas” sobre a eficácia da vacina da Pfizer e eventuais efeitos secundários, em especial depois da “rapidez” com que tem sido aprovada por vários reguladores de saúde, incluindo a Agência Europeia do Medicamento.

“Tendo em conta a rapidez com que as vacinas foram aprovadas, compreendo as dúvidas, mas o nosso papel, dos peritos, também é esclarecer essas dúvidas e explicar as razões por que houve uma rapidez tão grande na aprovação”, explicou, em entrevista ao Diário de Notícias.

Por esse motivo, o epidemiologista veio a público defender as vacinas da Pfizer (que, à partida, começará a ser administrada em Portugal a partir de janeiro) e da Moderna (prestes a chegar aos mercados).

“O que se sabe sobre estas duas vacinas é que têm uma eficácia muito acima até das expectativas. A eficácia global ronda os 94 e os 95 por cento”, salientou.

Quem for vacinado contra a covid-19 “tem uma redução de risco em contrair a doença de 95 por cento” em relação a uma pessoa “em tudo igual, mas que não seja vacinada”.

“Com a informação que temos, as pessoas podem estar tranquilas em relação às vacinas”, garantiu Manuel Carmo Gomes.

O surgimento de efeitos negativos, como foram reportados no Reino Unido (dois casos, em profissionais de saúde), é “absolutamente normal” e não traz “qualquer preocupação acrescida”.

“Todas as pessoas que tenham um passado alérgico conhecido – e os dois profissionais de saúde tinham, eram um caso típico, porque transportavam autoinjetores de adrenalina, sabiam perfeitamente que poderiam ter este tipo de reação – devem falar com o seu médico pessoal, para este decidir se devem ou não tomar a vacina. Se decidir que a pessoa deve tomar a vacina, porque este tipo de reação não é necessariamente uma reação contra a toma da vacina, esta deve fazê-lo em meio hospitalar, que é para ser imediatamente acudida se houver esta reação. Foi o que aconteceu aos dois profissionais do Reino Unido, que tiveram uma reação anafilática e foram tratados imediatamente e estão bem”, sustentou.

“É uma situação normal e vai continuar a acontecer, porque há pessoas que têm estas reações alérgicas. São raras, mas existem e estão previstas como reação a qualquer vacina, não só para esta”, concluiu Manuel Carmo Gomes.

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