Os dois casos de meningite bacteriana reportados no Alto Minho, este mês, não são suficientes para se falar em “surto” na região. “Temos dois casos de meningite, um em Viana do Castelo, e outro em Monção, mas não estão associados. Não há um surto da doença”, garantiu Luís Delgado.

O delegado do serviço de Saúde Pública em Viana do Castelo, Luís Delgado, admitiu a existência de dois casos em menos de um mês, nas declarações à Lusa, mas frisou que não se pode falar da existência de um “surto” de meningite bacteriana.

“Este mês temos dois casos de meningite, com fortes suspeitas de ser bacteriana, um em Viana do Castelo, e outro em Monção, mas não estão associados. Não têm nada a ver um com o outro. Não há um surto da doença”, garantiu.

As declarações do responsável foram feitas após o internamento, anteontem, de uma criança de 2 anos de Monção, que deu entrada no Hospital de São João, no Porto.

O menino, que frequenta a creche da Santa Casa da Misericórdia local, continua “internada nos cuidados intensivos, com prognóstico muito reservado”, segundo uma fonte da unidade hospitalar que a Lusa citou sem identificar.

Este caso ocorreu no mesmo mês em que uma outra criança, de Viana do Castelo e com 4 anos, foi internada no hospital local com a mesma doença.

Tratou-se de uma “coincidência”, segundo o delegado de Saúde Pública distrital, que só se tornou conhecida porque as duas situações ocorreram no mesmo mês.

“Os casos não têm sido tão frequentes como isso” nos últimos anos, complementou Luís Delgado: “Sou delegado há quatro anos e não me lembro de tantos casos, num período temporal tão curto, com intervenção da Saúde. São exceções e independentes um do outro”.

O responsável acrescentou ainda que, após a deteção da doença em ambas as situações, o serviço de Saúde Pública foi acionado, tendo sido tomadas “todas as medidas preventivas previstas no protocolo para estes casos”.

Assim, na creche da Santa Casa da Misericórdia, em Monção, “foi concluída, na quinta-feira cerca das 21h30, a quimioprofilaxia às 112 crianças e funcionários da instituição para evitar novos contágios”.

Em Viana do Castelo, o mesmo procedimento foi aplicado a cerca de 200 pessoas, entre crianças, idosos e funcionários, uma vez que o Lar de Santa Teresa, onde foi detetado o caso, tem várias estruturas.