Nicolas Trainerbees, de 39 anos, garante ser capaz de produzir mel a partir das flores da canábis. Como o produto não pode ser comercializado em França, o apicultor pondera mudar-se para os campos da vizinha Espanha.

Defensor do uso da marijuana para fins medicinais, Nicolas Trainerbees (o apelido foi inventado a partir das palavras inglesas para ‘treinador’ e ‘abelhas’) orgulha-se de ter criado o ‘cannahoney’, o primeiro mel de canábis.

Os apicultores que chegaram a este parágrafo estão agora a torcer o nariz: ninguém considera viável a produção de mel a partir de uma erva mais famosa por conter a substância psicoativa tetraidrocanabinol (THC). Mas este francês garante que é possível.

“Utilizo uma técnica de domesticação que orienta as abelhas a coletarem a resina da canábis para a utilizarem na colmeia”, revelou o apicultor francês, numa entrevista ao site Dinafem.

As fotos de abelhas a pairarem sobre as flores de canábis ajudaram a viralizar o ‘cannahoney’ e a transformar este francês num ‘herói’ das redes sociais, em especial nos círculos mais ligados ao consumo de drogas recreativas.

Isto quando é o próprio apicultor a explicar que produz o mel de canábis com fins medicinais: como é hiperativo desde a infância, começou a consumir “antes de completar 10 anos de idade”, tendo agora criado um produto que junta “os benefícios terapêuticos” do mel e da canábis.

O problema, lembrou Nicolas Trainerbees, é que a lei francesa não permite sequer a plantação de canábis. Como em Espanha a produção é autorizada (desde que para fins medicinais), o apicultor está a preparar a mudança para, em breve, poder comercializar o mel de canábis.