Megan Rice foi condenada por, no ano passado, ter invadido um complexo nuclear militar, pintando slogans e biberões com sangue. Hoje será conhecida a pena a aplicar a esta freira de 83 anos, que sorriu ao ouvir a condenação e lamentou ter esperado 70 anos para se tornar ativista.
Hoje deve ser conhecida a pena a aplicar a Megan Rice, uma freira católica de 83 anos condenada por invasão de um complexo nuclear militar no Tenessee (EUA) e sabotagem, assim como de outros dois ativistas. Ontem, quando o Tribunal Federal de Knoxville a condenou, a irmã sorriu e lamentou ter esperado 70 anos para intervir, avançou a agência Reuters.
Em causa está um protesto realizado no ano passado, quando Megan Rice, Michael Wallis (63 anos) e Greg Boertje-Obed (57 anos) entraram no Y-12 National Security Complex, um complexo militar em Oak Ridge (Tenessee) que armazena e processa urânio para bombas nucleares. Os três ativistas integravam então o grupo Transform Now Plowshares.
A idosa (tinha 82 anos) e os outros dois cortaram vedações e, ao longo de duas horas, estiveram dentro do complexo militar a pintar slogans e a desenhar biberões com sangue humano. Os três acrescentaram, em tribunal, que ofereceram comida ao guarda que os intercetou.
O tribunal deu como provados a invasão de propriedade, sabotagem e danificação de um estabelecimento de defesa nacional, este um ato punível com uma pena que pode ir até aos 20 anos de prisão. O mesmo tempo pode ser aplicado ao outro crime de que foram considerados culpados: estragos superiores a mil dólares em propriedade governamental.