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Médicos querem “transparência” na separação entre privado e público, enfermeiros preferem “aumentos”

cirurgia genericaOs profissionais de saúde reagem às declarações do líder do PS, que defende a separação entre o setor público e o privado. Os médicos preferem uma maior “transparência” na relação, enquanto os enfermeiros querem acabar com “a promiscuidade” mas com melhores remunerações.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, defende que os profissionais de saúde não devem exercer funções para o Estado e no setor privado em simultâneo. A opção pela exclusividade é encarada de forma diferente pelos profissionais: os médicos preferem analisar a situação com cautela, os enfermeiros defendem a exclusividade desde que compensada em termos salariais.

“Esperemos que quem faça a proposta, se vier a concretizar-se, saiba negociar remunerações compatíveis com esta exclusividade”, afirmou Guadalupe Simões, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, citada pela Renascença, alertando para a necessidade de “acabar com a promiscuidade entre público e privado”.

“É uma proposta que salvaguarda o Serviço Nacional de Saúde e também salvaguarda a qualidade do Serviço Nacional de Saúde. Será uma medida positiva associada a um aumento da remuneração dos enfermeiros, tendo em conta a responsabilidade que o PS tem naquilo que são hoje as remunerações dos enfermeiros”, complementou.

Os médicos preferem aguardar para ver que propostas surgem sobre a mesa, com a vice-presidente da Federação Nacional dos Médicos, Merlinde Madureira, a afirmar à Antena1 que a exclusividade não se resolve com uma proibição, sendo mais importante a “transparência” da relação.

Para a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, um eventual regime de exclusividade, como pretende o PS, traz o risco de tornar o setor público menos atrativos para os profissionais de saúde. Em causa estão as remunerações, que a vice-presidente Margarida França realça serem mais atrativas no privado.

Também de acordo com a Antena1, o Ministério da Saúde admite que a separação entre os setores público e privado está a ser analisada há algum tempo, embora sem prazos definidos.

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