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Medicamentos mais baratos… se o médico prescrever genérico

receitaA descida do preço dos medicamentos pode não refletir-se em todos os casos. Se os médicos receitarem fármacos de marca e se existirem genéricos, o utente não sentirá benefícios no preço. Com a portaria publicada hoje, que redefine as regras de preços dos medicamentos, o Governo prevê gastar menos 50 milhões de euros e permitir uma poupança de 56 milhões aos utentes.

A redução de preços dos medicamentos não se aplica a todos os casos. No dia em que os portugueses passam a beneficiar desta medida do Governo, podem ser surpreendidos na farmácia e pagar um preço mais elevado pelos mesmos medicamentos de sempre.

Nos casos em que existam genéricos, se os utentes comprarem medicamentos de marca – mesmo que por prescrição médica – pagarão mais. E as diferenças em casos de doentes crónicos podem atingir valores significativos.

Esta é a realidade de alguns portugueses que não usufruem da medida de redução que o Governo aplica. Segundo a portaria hoje publicada, os genéricos que com preço superior a 10 euros passam a custar 50 por cento do valor dos medicamentos de marca. Se o preço do genérico for inferior a 10 euros, não poderá custar mais de 75 por cento do medicamento de marca.

Com esta redução, o Ministério da Saúde pretende reduzir as margens de lucro das farmácias. O Estado deverá poupar 50 milhões, enquanto os utentes poderão gastar menos 56 milhões por ano. Quem não está de acordo com o corte da margem de lucro é a indústria farmacêutica, que alerta para os perigos de contrafação de fármacos.

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