Martin Winterkorn demitiu-se do cargo de presidente da administração da Volkswagen após uma reunião esta quarta-feira, na sequência do escândalo que envolveu a marca falseando as emissões de motores diesel (2.0 TDi) de diversos modelos do grupo.
Depois de ter pedido publicamente desculpas pelo facto da Volkswagen ter falseado as emissões dos 2.0 TDi recorrendo a um ‘software’ concebido para viciar os valores – fazendo-os descer a níveis que não correspondiam à realidade, como detetou uma investigação da Universidade de Virgínia – Winterkorn percebeu que já não tinha margem de manobra para continuar como CEO da marca de Volfsburgo.
“Estou chocado com estes acontecimentos destes últimos dias e acima de tudo com tamanha má conduta numa escala destes. Aceito a responsabilidade pelas irregularidades que foram encontradas nos motores diesel e como tal pedi ao Conselho de Administração que concordasse em terminar a minha função como CEO”, declarou Martin Winterkorn em comunicado.
“Faço isto pelos interesses da empresa, apesar de não estar a par de algo mal feito da minha parte”, refere ainda o agora presidente demissionário da Volkswagen. Winterkorn ocupa o cargo desde 2007, tendo o seu mandato ficado marcado pela expansão da marca bem como pelo aumento de fábricas, criando cerca de 560 mil postos de trabalho.
