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Aumento de 5000%: Farmacêutica admite baixar o preço do medicamento

O medicamento contra a toxoplasmose, fundamental para doentes com sida e grávidas, teve o preço aumentado em 5000 por cento, passando de 12 euros para 671. “Business”, justificou o CEO da farmacêutica. Mas o escândalo é tanto que Martin Shkreli admite baixar o preço.

É a economia. Uma farmacêutica tem ganho uma gigantesca publicidade grátis, à escala mundial, depois de ter aumentado o preço de um medicamento em 5000 por cento.

Sim, em cinco mil por cento. O Daraprim, um fármaco para tratar a toxoplasmose que é fundamental para os doentes com sida ou infetados pelo HIV e para as grávidas, custava 12 euros e, depois da Turing Pharmaceuticals ter comprado os direitos (por 55 milhões de euros, em agosto), passou para os 671 euros.

É a economia a funcionar, argumentou o CEO da empresa, Martin Shkreli, numa das muitas entrevistas que deu após rebentar o escândalo. Quando questionado sobre os motivos para uma subida tão exagerada, Shkreli esboçou um sorriso (sarcástico, para muitos; sádico, para muitos mais) e respondeu “Business”. Em português, seria algo como a expressão ‘É a economia, estúpido!”

“Esta decisão não é de uma empresa farmacêutica a tentar arrancar [dinheiro] aos doentes, isto somos nós a tentar manter um negócio”, explicou o CEO, salientando os pesados investimentos que as farmacêuticas fazem na descoberta e desenvolvimento de novos fármacos.

Mas a polémica tem sido tanta que “o homem mais detestado do mundo”, como já é conhecido nos EUA, admite recuar no aumento. O preço vai subir, mas não será tanto, fez saber a empresa, em comunicado. Vai ficar “mais acessível”, diz o texto.

Hillary Clinton, candidata a ser a candidata dos democratas à Presidência dos EUA, foi das vozes mais mediáticas a criticar a “ultrajante” subida de preço de um medicamento essencial aos doentes com sida.

O Daraprim custa menos de um euro a ser produzido e está à venda há mais de 60 anos. É usado para tratar a toxoplasmose, uma doença que afeta doentes com VIH-SIDA, doentes oncológicos e grávidas.

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