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“Marcelo foi um fator de estabilidade, puxou Portugal para cima”, diz Ana Catarina Mendes

A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, elogiou o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa em Belém, quando questionada sobre o facto dos socialistas não apoiarem uma candidatura eleitoral.

Com Ana Gomes no terreno, várias vozes no interior do PS têm questionado a estratégia socialista para as presidênciais, tanto mais que foi António Costa a lançar a recandidatura de Marcelo a Belém, numa iniciativa conjunta na Autoeuropa.

“Marcelo Rebelo de Sousa, ao longo deste seu primeiro mandato, foi um fator de estabilidade, puxou Portugal para cima”, defendeu Ana Catarina Mendes, em entrevista à Renascença.

De acordo com a líder parlamentar, o PS não tem ‘obrigação’ de apresentar ou apoiar um candidato a Belém, como acontece desde o último mandato de Jorge Sampaio.

“Mário Soares disse isso, Jorge Sampaio dizia isso”, lembrou.

“Temos de ter atenção de que não podemos estar uns contra os outros porque, caso contrário, não evoluímos. Uma coisa é a nossa divergência saudável, que faz das democracias modernas boas democracias, outra coisa é estarmos de costas viradas uns para os outros”, salientou ainda Ana Catarina Mendes.

Na mesma entrevista, a responsável socialista apelou aos “parceiros à esquerda parlamentar” para viabilizarem o Orçamento de Estado para 2021.

“Num ano particularmente dramático para os portugueses, estamos a tratar da sobrevivência da vida de qualidade e capacidade de vencermos esta crise em nome dos portugueses. Não quero acreditar que um caminho de boa memória para os portugueses seja interrompido não só pela pandemia, mas também pela falta de entendimento à esquerda”, argumentou.

Um dos obstáculos ao apoio da esquerda é a questão do Novo Banco, que continua a ‘sorver’ fundos públicos.

“Quando se passaram ativos tóxicos para o Novo Banco, a resolução foi desastrosa. A nacionalização naquela altura demonstrou-se que era um desastre económico e financeiro para Portugal, mas isso não exclui que nos possamos indignar com o dinheiro que entra no Novo Banco”, defendeu.

“Se o Estado não cumprir o seu contrato vai entrar numa crise financeira que se vai somar à crise social. Temos de ter consciência de que está a ser feito tudo o que é possível para que, cumprindo o contrato, não se penalize mais os portugueses”, concluiu a líder parlamentar do PS.

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