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Mais de 70% dos cabo-verdianos têm telemóvel e acesso à Internet bate recorde

O número de cabo-verdianos com acesso a telemóvel atingiu em 2018 mínimos dos últimos três anos, com mais de 70 por cento da população a ter pelo menos um equipamento, enquanto o acesso à Internet é cada vez mais generalizado.

Os dados constam do relatório IMC sobre o acesso e utilização das tecnologias de informação e comunicação, relativo a 2018, agora concluído pelo INE e ao qual a Lusa teve hoje acesso.

O IMC 2018 estima que 70,4 por cento dos indivíduos com idade igual ou superior a 10 anos de idade possuíam, no final do ano passado, um telemóvel. Em 2014, esse registo foi de 65,1 por cento, chegando aos 72,4 por cento em 2016 e aos 74,2 por cento no ano seguinte.

Por outro lado, o inquérito realça que quase um quarto (22,1 por cento) das crianças cabo-verdianas com idade compreendida entre os 10 e os 14 anos possuíam, no final de 2018, um telemóvel pessoal.

Já o acesso ao telefone fixo acentuou as quebras no último ano, estando presente, segundo o levantamento do INE, em apenas 20,7 por cento dos agregados familiares em Cabo Verde.

“O telefone fixo vem caindo em desuso com o passar dos anos”, reconhece o estudo, ao assinalar que entre 2014 e 2018 a proporção dos agregados familiares que possuíam telefone fixo sofreu um decréscimo de 10,3 pontos percentuais.

O IMC 2018 refere ainda que 37,0 por cento dos agregados familiares em Cabo Verde possuíam pelo menos um computador (incluindo equipamentos portáteis). Contudo, este número é muito superior no seio da população urbana, com um peso de 45,8 por cento, contra os 17,3 por cento de incidência no meio rural.

Dos 156.582 agregados familiares estimados pelo IMC 2018, o INE projeta ainda que 70,1 por cento das famílias cabo-verdianas têm acesso à Internet em casa. Globalmente, o estudo aponta que nos últimos cinco anos a proporção de agregados familiares com acesso à Internet em casa aumentou “consideravelmente”, equivalente a 37,9 pontos percentuais. Em 2014, a incidência do acesso à Internet era de apenas 32,2 por cento da população.

O estudo refere que o principal meio de acesso à Internet, em casa, é o telemóvel, equivalente a 67,8 por cento dos agregados familiares. Os restantes serviços de acesso à Internet “apresentam valores pouco expressivos”. Nomeadamente, 9,2 por cento das famílias recorrem a placa 3G, 7,3 por cento ao serviço ADSL e 1,9 por cento através de praças digitais.

É ainda referido que 0,6 por cento das famílias cabo-verdianas acedem à Internet “através da rede do vizinho”.

Os cabo-verdianos que utilizam a internet fazem-no na sua maioria (71,6 por cento) todos os dias e mais de metade (57,1 por cento) despendem um tempo igual ou superior a cinco horas semanais.

No sentido oposto, a maior parte (54,2 por cento) dos indivíduos com mais de 10 anos que não acedem à Internet assumiram que não a sabem usar, como justificação.

Para o IMC de 2018, segundo o INE, foi utilizada uma amostra de 9.918 agregados familiares, selecionados de forma aleatória e independente dentro de cada concelho do país, respeitando a representatividade a nível nacional, por meio de residência e concelho, traduzindo-se num total de 543.492 indivíduos distribuídos em 156.582 agregados familiares, a nível nacional.

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