Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, abordou hoje o caso Miguel Relvas, afirmando que o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho tem a palavra sobre o futuro do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares. Macedo acha que a manifestação contra Relvas “é legítima” e nao comenta as declarações de outras personalidades sociais-democratas.
Segundo Miguel Macedo, o eventual afastamento de Miguel Relvas do cargo de ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares é uma decisão que cabe apenas ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
“Não vale a pena repetir considerações. A responsabilidade da construção de um Governo é do primeiro-ministro e só o primeiro-ministro deve avaliar, em cada momento, cada um dos elementos que integram o Governo. É irrelevante a opinião de ‘a’, ‘b’, ou ‘c’, sabendo-se que a única e exclusiva palavra cabe ao primeiro-ministro”, disse Miguel Macedo.
Confrontado com as polémicas declarações de Alberto João Jardim – o presidente do Governo Regional diz que vai pedir equivalências para quatro licenciaturas, criticando com ironia Miguel Relvas –, o ministro Miguel Macedo é lacónico: “Eu tirei a minha”.
Sobre a realização de uma manifestação que pretende pedir o afastamento de Miguel Relvas do cargo – convocada em consequência do facto de ter apresentado versões contraditórias nas recentes polémicas em que esteve envolvido –, Miguel Macedo considera-a “perfeitamente legítima”.
“A realização de manifestações é um direito legítimo de uma Democracia. Não tem de haver reação política. É um exercício dos cidadãos, que devem fazê-lo no quadro que a lei determina”, afirmou Miguel Macedo.
Hoje, cerca de 3000 pessoas deverão juntar-se numa manifestação contra Miguel Relvas. São vozes anónimas, que se juntam a outros nomes com peso no seio social-democrata e mesmo no partido que ao lado do PSD forma Governo. Além de Alberto João Jardim, também Bagão Félix, Marcelo Rebelo de Sousa e António Capucho são críticos da manutenção de Relvas no Governo.
Também o líder da Juventude Social Democrata, Duarte Marques, acusa Miguel Relvas de “não ajudar o Governo”, considerando também que a licenciatura de Relvas “não é normal”. Duarte Marques disse ainda, à TSF, que Relvas “chateia a cabeça as pessoas para que estas estudem antes de se meterem na política”.
