Mundo

Macau vai continuar imune à contestação em Hong Kong, segundo Economist

O analista da consultora Economis Intelligence Unit (EIU) que segue a economia de Macau previu hoje à Lusa que os protestos em Hong Kong vão continuar a não ter influência em Macau, que deverá manter-se politicamente estável.

“Não vemos grande impacto dos protestos de Hong Kong em Macau; a dinâmica política em ambos os territórios são muito diferentes, há um movimento muito mais local em Hong Kong, sustentado nos protestos, enquanto que, pelo contrário, essa dinâmica não se impôs em Macau, por isso esperamos que o grau relativamente alto de estabilidade política em Macau se mantenha nos próximos anos”, disse Nick Marro em entrevista à Lusa.

O analista da EIU que segue Macau disse que uma das prioridades do novo Governo de Macau será tentar diversificar a economia, apostando mais no jogo popular do que nas apostas de alto nível, o chamado jogo VIP.

“É provavelmente uma tentativa para garantir um crescimento sustentável de longo prazo neste setor”, disse o analista, reconhecendo que apesar de Macau ser o principal destino do jogo mundial, as receitas têm descido muito este ano.

“Isto deve-se ao abrandamento da expansão da economia chinesa e à ansiedade que a guerra comercial com os Estados Unidos gerou” nos jogadores, afirmou, considerando que “ambos os fatores contribuíram negativamente para o fluxo de turistas chineses para Macau, o que teve um efeito nos casinos, e vai continuar a ter em 2020”.

Sobre a pataca, uma das últimas grandes heranças do tempo colonial português, Nick Marro não espera alterações à moeda de Macau.

“A moeda é bastante estável, está indexado ao dólar de Hong Kong, que por sua vez está pegado do dólar norte-americano, e, portanto, há aqui um grau subjacente de estabilidade; não esperamos quaisquer alterações a este acordo, mesmo com a turbulência política que se vive em Hong Kong”, concluiu.

Em destaque

Subir