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Economist prevê recessão em Macau de 5,5% este ano e 3,3% em 2020

O analista da consultora Economis Intelligence Unit (EIU) que segue a economia de Macau previu hoje à Lusa que o território enfrenta uma recessão neste e no próximo ano, regressando ao crescimento em 2012, com 2,9 por cento.

“Prevemos que a economia fique em recessão neste e no próximo ano, principalmente como resultado do abrandamento económico na China, que vai pesar no fluxo de turismo e na despesa feita no jogo em Macau, o que faz com que o PIB caia 5,9 por cento este ano”, disse Nick Marro.

Em entrevista à Lusa, o analista da unidade de análise da revista britânica The Economist diz esperar que a economia macaense “abrande a recessão para 3,3 por cento em 2020, num contexto de recuperação das receitas do jogo e do investimento, e da previsão de um acordo entre os Estados Unidos e a China nesse ano”.

Isto, salientam, “deve levar a uma ligeira recuperação na confiança dos empresários e consumidores na China, levando a um aumento do turismo para Macau”.

Do ponto de vista das políticas públicas, a previsão aponta para a continuação de dificuldades do Governo em diversificar a economia, fortemente assente nas receitas do jogo.

“Esperamos que o Governo continue a debater-se com os seus esforços políticos para diversificar a economia para lá do jogo, pelo menos nos próximos dois anos”, diz Nathan Hayes, salientando que “a volatilidade neste setor vai continuar a pesar negativamente na atividade económica este ano, particularmente devido ao abrandamento da economia chinesa”.

De acordo com os dados mais recentes da Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ), as receitas brutas acumuladas de janeiro a novembro totalizaram 269,62 mil milhões de patacas (30,28 mil milhões de euros), menos 2,4 por cento do que no ano anterior.

No mesmo período de 2018, as receitas brutas acumuladas foram de 276,38 mil milhões de patacas (31,11 mil milhões de euros).

Capital mundial do jogo, Macau é o único local na China onde o jogo em casino é legal, havendo seis concessionárias no território: Sociedade de Jogos de Macau, fundada pelo magnata Stanley Ho, Galaxy, Venetian, Melco Resorts, Wynn e MGM.

Em 2018, as receitas dos casinos na capital mundial do jogo cresceram 14 por cento, para 302,8 mil milhões de patacas (cerca de 33 mil milhões de euros).

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