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Macau/20 anos: Xi Jinping elogia Chui e diz que China “reconhece completamente” o seu trabalho

O Presidente da China, Xi Jinping, elogiou hoje o líder cessante de Macau, defendendo que Fernando Chui Sai On deve continuar a apoiar o desenvolvimento da região e afirmando que “reconhece completamente o trabalho” feito.

De acordo com a agência de notícias chinesa Xinhua, Xi Jinping disse, durante uma reunião com o ainda líder de Macau: “O Governo central reconhece completamente o seu trabalho”.

Durante a reunião que mantiveram, na terceira visita do líder chinês ao território na última década, o chefe do executivo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), o Presidente do gigante asiático elogiou o “trabalho diligente” de Chui nos últimos dez anos, salientando a obediência estrita à Constituição e à lei fundamental de Governo da região de uma forma pragmática e estável.

Só assim, continuou, foi possível atingir um grande número de novos objetivos e consolidar e promover a prosperidade e a estabilidade em Macau, segundo a Xinhua.

Para o futuro, Xi Jinping disse esperar que Chui continue a envolver-se no desenvolvimento do país e de Macau, apoiando ativamente o novo líder do executivo local e o Governo chinês, mantendo a contribuição para a prática do princípio ‘um país, dois sistemas’.

O elogio à implementação deste princípio já tinha sido expresso logo à chegada ao território, no qual Xi Jinping vai presidir às cerimónias do 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa.

Após aterrar no aeroporto de Macau às 16:00 (08:00 em Lisboa), Xi Jinping destacou “os sucessos e progresso” de Macau desde que a China reassumiu o exercício da soberania em 20 de dezembro de 1999, após mais de 400 anos de administração portuguesa no território.

“Tanto o Governo central, como os chineses do continente estão também orgulhosos da experiência e implementação séria em Macau da política ‘um país, dois sistemas'”, disse o líder chinês num breve discurso.

A visita de Xi Jinping a Macau está a ser marcada por medidas excecionais de segurança, numa altura em que a vizinha Hong Kong, região administrativa especial também regida pelo princípio ‘um país, dois sistemas’, continua a ser, há seis meses, palco de protestos antigovernamentais.

“Vale a pena sublinhar que o modelo para o futuro desenvolvimento de Macau tem de ser construído de forma conjunta”, defendeu o líder chinês.

Xi Jinping prometeu falar com “pessoas de todas as esferas da sociedade” durante a visita a Macau, para conhecer melhor os problemas da cidade.

A China reassumiu o exercício da soberania sobre Macau em 20 de dezembro de 1999, após mais de 400 anos de administração portuguesa no território.

Com base no princípio “um país, dois sistemas”, a RAEM mantém o sistema capitalista e os direitos, deveres e liberdades dos seus cidadãos até 2049, gozando de elevada autonomia em todas as áreas, à exceção da defesa e da diplomacia.

Com uma economia assente no negócio do jogo, nos últimos dez anos, o investimento na Educação e na Saúde em Macau mais do que duplicou, enquanto na Segurança Social triplicou.

A reduzida taxa de desemprego, a estabilidade das finanças públicas e a diversificação da economia são outras das áreas sublinhadas pelas autoridades de Macau.

A evolução no PIB (Produto Interno Bruto) e no PIB per capita cresceu, respetivamente, 63,3 por cento e 33,1 por cento nos últimos dez anos.

O Presidente da República Popular da China chegou hoje a Macau para presidir às cerimónias do 20.º aniversário da região administrativa especial chinesa e dar posse ao novo Governo.

Mais de 650 profissionais da comunicação social estão registados para fazer a cobertura da visita de Xi Jinping a Macau.

As ligações marítimas de e para Hong Kong foram reduzidas e aumentaram os controlos aos passageiros. E desde terça-feira que as autoridades chinesas estão a proceder a controlos de segurança às viaturas que circulam na ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau, numa ilha artificial.

Estas inspeções já resultaram em várias detenções e recusas de entrada no território, incluindo a jornalistas acreditados para a cobertura das cerimónias destes dias, segundo relatos dos próprios meios de comunicação social com quem trabalham.

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