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Lucro do banco moçambicano BCI cresce 62,7%

O banco moçambicano BCI obteve em 2018 um lucro líquido de 4.026 milhões de meticais (56,8 milhões de euros), um crescimento de 62,7 por cento face ao resultado do ano anterior, anunciou hoje a instituição, detida maioritariamente pelos bancos portugueses Caixa e BPI.

“Foi um ano em que reforçámos a rentabilidade, a liquidez e a estrutura de capital. Globalmente foi um bom ano para o BCI em Moçambique”, referiu Paulo Sousa, presidente da Comissão Executiva do Banco Comercial e de Investimentos (BCI, de capitais portugueses), durante uma sessão de apresentação de resultados, em Maputo.

O contexto é marcado por “níveis modestos de crescimento da atividade económica e da procura interna”, refere o banco, em comunicado, onde diz ter feito uma “adaptação à conjuntura que o país atravessa”.

A contribuir para os resultados esteve o crescimento de 7,6 por cento do produto bancário (ou seja, ganhos conseguidos diretamente com a atividade bancária).

“Ao nível do negócio não há qualquer tipo de queda, há até um crescimento relevante”, referiu Paulo Sousa.

O banco regressa assim, este ano, à distribuição de dividendos aos acionistas, após um interregno, reservando um quarto do lucro para o efeito, sendo o restante incorporado.

A incorporação de resultados vai permitir ao banco ter um rácio de solvabilidade de 22,61 por cento, sendo que a instituição tem um rácio de liquidez de 45,59 por cento, acima do mínimo de 25 por cento exigível pelo banco central.

O BCI fechou o ano com uma quota de 25,54 por cento dos ativos do mercado em Moçambique, apresentando-se na sessão de hoje “na primeira posição no sistema bancário”, destacou, com crescimento do número de clientes e de contas distribuídas por 203 agências e unidades de negócio pelo país – 55 em zonas rurais.

O lucro líquido do banco já tinha subido 74 por cento em 2017.

Paulo Sousa espera que 2019 possa ser um ano de retoma, com o BCI pronto a responder “com liquidez”, de olho das “decisões finais de investimento” que se esperam nos megaprojetos de exploração de gás natural, na expectativa de que sirvam para “catapultar a atividade económica”.

O BCI é detido a 97 por cento pelos bancos portugueses Caixa Geral de Depósitos (CGD, através da Parbanca SGPS) e BPI.

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