Economia

Lucro da Jerónimo Martins cai 14,5 por cento no primeiro trimestre para 72 milhões

O lucro da Jerónimo Martins caiu 14,5 por cento no primeiro trimestre, face a igual período de 2018, para 72 milhões de euros, divulgou hoje a dona da cadeia de supermercados Pingo Doce.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Jerónimo Martins explica que “o resultado líquido do grupo foi de 72 milhões de euros, 14,5 por cento abaixo do primeiro trimestre de 2018, em virtude do impacto negativo do calendário, dos dias adicionais de fecho obrigatório ao domingo na Polónia e da depreciação do zloty”.

No período em análise, as vendas consolidadas subiram 1,1 por cento para 4,2 mil milhões de euros, “apesar dos efeitos negativos da proibição de aberturas ao domingo na Polónia e da ausência de Páscoa no período, que resultaram num LFL [‘like-for-like’, ou seja, vendas em lojas que operaram sob as mesmas condições no período em análise] neutro”, acrescenta.

“A taxas de câmbio constantes as vendas do grupo cresceram 3,2 por cento”, acrescenta a Jerónimo Martins.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) ascendeu a 214 milhões de euros, uma descida de 0,6 por cento em termos homólogos. “Se excluídas as variações cambiais, o aumento foi de 1,9 por cento. No comparativo, este desempenho representa um crescimento sólido dos negócios”, refere a Jerónimo Martins.

“Entrámos em 2019 com força e os resultados do primeiro trimestre refletem essa dinâmica. Todos os nossos negócios registaram muito bons desempenhos de vendas e de rentabilidade, que ganham ainda mais relevância num contexto de calendário negativo e de aumento do número de dias de fecho obrigatório das lojas ao domingo, na Polónia”, afirma o presidente e administrador delegado, Pedro Soares dos Santos, citado no comunicado.

“Estou confiante na nossa capacidade de superar os desafios à vista e de continuar a crescer acima do mercado ao longo de 2019”, rematou o gestor.

Na Polónia, as vendas atingiram 2,9 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 2,0 por cento em moeda local e uma queda de 0,8 por cento, em euros, sendo que “o LFL foi de -1,1 por cento, impactado pela proibição de abrir ao domingo e pela ausência do efeito da Páscoa no primeiro trimestre”, refere o grupo.

A Biedronka abriu oito novas lojas no trimestre e encerrou seis (duas adições líquidas).

As vendas da Hebe aumentaram 23,3 por cento no trimestre, para 56 milhões de euros, em moeda local. Em euros, as vendas da empresa da Hebe cresceram 19,8 por cento, “com um LFL de 5,4 por cento mesmo apesar do menor número de dias de vendas resultante da proibição de abrir as lojas ao domingo”, acrescenta.

Em Portugal, as vendas do Pingo Doce subiram 2,6 por cento para 905 milhões de euros. “Incluindo o impacto negativo do calendário, o desempenho LFL (excluindo combustível) foi de 1,6 por cento”.

No trimestre, o Pingo Doce abriu duas novas lojas.

No que respeita à cadeia Recheio, esta “manteve um forte desempenho e aumentou as vendas totais em 1,9 por cento para os 214 milhões de euros. Quando comparadas no mesmo parque de lojas, as vendas cresceram 3,7 por cento. A atividade de exportação da Companhia contribuiu menos do que no período homólogo para as vendas totais da insígnia”, refere a Jerónimo Martins.

Na Colômbia, as vendas da Ara aumentaram 28 por cento em moeda local (26,6 por cento em euros) para 169 milhões de euros.

A cadeia de supermercados colombiana abriu nove lojas no primeiro trimestre e “está preparada para executar o seu programa de expansão, acrescentando, no ano, dois centros de distribuição e cerca de 150 lojas”.

Os negócios de distribuição em Portugal registaram um EBITDA de 51 milhões de euros, enquanto a colombiana Ara e a polaca Hebe registaram perdas ao nível do resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações de 23 milhões de euros, dos quais 87 por cento atribuídos à cadeia de supermercados na Colômbia.

Nos primeiros três meses do ano, a Jerónimo Martins investiu 95 milhões de euros, dos quais 46 por cento alocados à Biedronka e 26 por cento a Portugal.

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