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Listas de espera: Governo quer permitir “liberdade de escolha” aos utentes

paulo macedohospital bigO Governo pretende que os utentes possam ter uma maior “liberdade de escolha” nos serviços de saúde, incluindo nas listas de espera. “Queremos tomar medidas brevemente”, revelou o ministro da Saúde, Paulo Macedo, com um alerta: “serão passos muito cuidadosos”.

O Governo quer “dar passos” para que os utentes dos serviços de saúde tenham uma maior “liberdade de escolha”, mas com um revés: esses “passos” serão “muito cuidadosos”.

O anúncio partiu do ministro da Saúde, Paulo Macedo, no Parlamento, onde foi ouvido na comissão de saúde.

“Queremos tomar medidas brevemente para permitir liberdade de escolha nas listas de espera, do SIGIC, nas consultas externas e nos meios complementares de diagnóstico”, avançou o governante.

O problema, continuou Paulo Macedo, é que uma maior “liberdade de escolha” poderá redundar num esvaziamento dos serviços de proximidade, que correm assim o risco de não terem pessoas ou/nem financiamento.

“Gostaríamos de dar passos neste sentido, mas serão passos muito cuidadosos”, explicou o ministro da Saúde: “temos que ver como fica a situação dos hospitais de proximidade”.

“Consumo a mais”

Paulo Macedo foi questionado, pelos deputados, sobre as alegadas roturas no fornecimento de alguns medicamentos, mas optou por salientar um outro ângulo do problema.

“Daqui a algum tempo, vamos estar aqui a discutir este problema de saúde pública que é o de as pessoas consumirem medicamentos a mais”, denunciou o ministro, dando como exemplo o aumento das vendas de antibióticos.

“Isto é que não é normal e é preocupante em termos de saúde pública”, reforçou.

O governante puxou dos números para sustentar o argumento: por mês, os portugueses compram mais de 20 milhões de embalagens de medicamentos.

Em 2013, foram vendidas mais sete milhões de embalagens do que em 2012, ano que já tinha sido registado um aumento de vendas, apontou ainda Paulo Macedo.

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