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Liga: “Nunca quis ser presidente”, diz Mário Figueiredo, mas não há “motivos” para sair

mario figueiredo 210mario figueiredoO presidente da Liga de Clubes que “nunca” o quis ser, Mário Figueiredo, recusa estar “agarrado ao poder”. Numa preleção sobre o futebol, o dirigente salienta que só avançou “a pedido de um conjunto de clubes” e que não encontra “motivos nenhuns para me demitir”.

Mário Figueiredo, que “nunca quis ser presidente da Liga”, voltou a rejeitar as acusações de estar agarrado ao poder, nomeadamente ao cargo de presidente da Liga de Clubes.

“Se estou agarrado ao poder? Não estou agarrado a poder nenhum. Nunca quis ser presidente da Liga”, garantiu o dirigente, durante uma conferência sobre a “Economia da Indústria do Futebol”, organizada pelo International Club of Portugal.

“Candidatei-me há dois anos a pedido de um conjunto de clubes, sobretudo, para desenvolver o alargamento do quadro competitivo para 18 clubes, o que será uma realidade, e a centralização na Liga dos direitos de transmissão televisiva”, reforçou Mário de Figueiredo.

Sobre esse tópico, o dirigente explico que a Liga ainda aguarda pelos “resultados da queixa apresentada à Alta Autoridade para a Concorrência”, com a confiança de que “terá anuimento”.

Apesar do encontro ter por motivo o futebol como uma atividade económica, Mário de Figueiredo teve de defender-se da crescente contestação por parte da maioria dos clubes da Liga.

“Reúnem-se de manhã, depois à tarde e à noite dizem-me outra coisa”, desvalorizou o presidente, deixando uma garantia: “enquanto estiver a cumprir os meus objetivos não tenho motivos nenhuns para me demitir”.

“Os clubes continuam a ser alimentados por uma pessoa que abusa do seu poder, que paga tarde e retarda dinheiros. Os clubes continuam a ser alimentados por um poder monopolista”, acusou ainda Mário Figueiredo, mas sem referir qualquer nome.

O dirigente revelou ainda que considera “prematuro” abordar uma eventual recandidatura: “estou a trabalhar no mandato que me concederam e estou focado em fazer o que me pediram. O mandato termina em junho e é prematuro falar numa possível recandidatura à presidência da Liga”.

“Não estou agarrado ao poder”, insistiu: “tenho o objectivo de cumprir o mandato para o qual fui eleito democraticamente e não fugi um milímetro daquilo que os clubes me incumbiram de fazer”.

Quanto à “Economia da Indústria do Futebol”, o tema da conferência, o presidente da Liga salientou que os clubes portugueses venderam mais de 1000 milhões de euros em passes de jogadores na última década.

De acordo com um estudo da Universidade de Limoges (encomendado pela Comissão Europeia), Portugal é o único país europeu com um saldo positivo no balanço entre compras e vendas de jogadores.

“Temos algo de especial, temos uma indústria de futebol altamente qualificada”, argumentou Mário Figueiredo.

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