A APDL estima que a ponte móvel de Leixões, no meio da freguesia de Matosinhos e Leça, continue fechada por “um ou dois meses” até que seja substituída uma rótula avariada. A circulação automóvel e pedonal será feita pela ponte em repavimentação da A28.
A ponte móvel de Leixões, no meio da freguesia de Matosinhos e Leça da Palmeira (agregadas pela recente reforma administrativa), fechou ontem à circulação automóvel e pedonal devido a uma avaria que impediu o fecho de uma metade do tabuleiro. Só hoje é que o problema foi identificado e, de acordo com o presidente da Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL), a ponte terá de continuar encerrada por “um ou dois meses”.
Brogueira Dias salientou, citado pela Lusa, que uma das rótulas do complexo sistema de elevação da ponte “não está a funcionar em pleno”, o que impediu, ontem, o fecho integral do tabuleiro: “quando se fechou de novo a ponte, esta não fechou integralmente do lado de Leça e bloqueou a 10 graus do fecho completo”.
O problema é que a rótula será difícil de substituir: Leixões tem uma das maiores pontes móveis existentes e uma estrutura tão complexa exige peças feitas à medida. “Nunca se conseguirá pôr a ponte – a quarta maior ponte basculante do mundo – operacional em menos de um ou dois meses”, avisou o presidente da APDL.
As duas partes do tabuleiro foram abertas na totalidade desde o incidente, por volta das 8h30 de ontem, permitindo a circulação dos navios mas impedindo a travessia rodoviária e pedonal. A APDL está “a estudar se há disponibilidade de alguma unidade que possa ser adquirida com caráter de urgência” para minorar os problemas a quem tem de atravessar a ponte.
Em cima da mesa está a hipótese de recorrer provisoriamente a uma rótula semelhante, localizada nos EUA, que mesmo sem “todos os certificados” necessários poderá “permitir uma operacionalização mais rápida da ponte enquanto se espera pela solução definitiva”, revelou Brogueira Dias.
Enquanto a ponte continuar encerrada, o tráfego terá de ser todo desviado pela vizinha A28. Só que esta ponte está a ser alvo de obras de repavimentação, ficando ainda mais sobrecarregada com o trânsito de Leixões. Por ser autoestrada está vedado o acesso pedonal, pelo que a APDL vai assegurar um transporte gratuito em autocarro durante 24 horas por dia.
Foi uma “daquelas avarias totalmente imprevistas”, frisou o responsável, sublinhando que “não havia nenhum histórico desta avaria em pontes idênticas”. Devido a um acordo com o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (Inegi), a ponte de Leixões e os respetivos sistemas hidráulicos “mais sofisticados” têm uma monitorização permanentemente.
A ponte de Leixões foi construída em 2007, substituindo uma anterior e também móvel, com um custo de 12,8 milhões de euros, comparticipados em 45% por fundos europeus.
