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Portugal tem um milhão de adultos obesos e 3,5 milhões de pré-obesos, indica relatório da DGS

obesidadeobesidade 600{loadposition inline}Um relatório sobre a obesidade revela que há um milhão de adultos obesos em Portugal e outros 3,5 milhões em situação de pré-obesidade. Os números constam de um relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS) publicado nesta quinta-feira.

De acordo com dados divulgados hoje pela DGS, num relatório, há cerca de um milhão de portugueses adultos obesos, o que coloca a obesidade nos lugares de topo da lista de problemas com piores efeitos para a saúde. Além destes, há mais 3,5 milhões de adultos que estão em perigo de obesidade.

Paralelamente, este documento alerta para a necessidade de um maior apoio alimentar à população idosa, por parte dos serviços de saúde em Portugal. Apesar de a obesidade ser um problema que deve suscitar preocupações desde a nascença, há urgência de medidas sobre nutrição vocacionadas para a terceira idade.

No que diz respeito à infância, são necessárias também algumas ações, sobretudo no que diz respeito ao combate a refrigerantes, bebidas açucaradas ou consumo de produtos com elevado número de calorias – desde os primeiros três anos de vida.

A obesidade infantil pode ter um diagnóstico muito precoce: logo no momento da nascença de um bebé. Esta é a conclusão de um estudo de uma equipa de investigadores do Imperial College London, publicado na PLos One.

De acordo com uma pesquisa que avaliou 4000 bebés da Finlândia nascidos em 1986, 1600 bebés italianos e ainda 1000 norte-americanos, através de um cruzamento de dados e avaliação de fatores de risco é possível determinar quais as probabilidades de um bebé poder transformar-se numa vítima da obesidade infantil.

Graças a este estudo, poderá ser possível também prevenir algumas doenças associadas ao excesso de peso nas crianças, desde logo a diabetes tipo 2 e também algumas doenças coronárias.

Entre esses fatores de risco está o facto de a mãe ser fumadora. Outro dado relevante é o peso do bebé no momento em que nasce. A partir destes dados, estabelece-se um cálculo que conduz a uma avaliação do risco de obesidade na infância.

Segundo explica o professor Philippe Froguel, investigador do Imperial College London e um dos responsáveis por esta pesquisa, “é possível prever 80 por cento de casos de recém-nascidos que se transformaram em crianças obesas”.

E determinar o risco é essencial para combater desde logo o problema, adotando comportamentos de prevenção. Um bebé considerado de elevado risco de se tornar numa criança obesa pode ver esse quadro revertido.

O investigador do Imperial College London salienta a importância deste estudo, sobretudo porque as campanhas de prevenção da obesidade infantil “não são eficazes”, nas crianças com idade escolar.

Ensinar os pais a combater o excesso de alimentação dos bebés e uma nutrição desadequada será mais eficaz quando se apresenta um quadro de um recém-nascido saudável com elevado risco de se tornar numa criança obesa.

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