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Leilão em Braga: Em 10 minutos, um prédio em ruínas valoriza 37 mil vezes

eurosUm bancário de Braga foi um dos licitantes no leilão de um prédio da Câmara Municipal, cuja base de licitação era um euro. Em cerca de 10 minutos, o edifício em ruínas valorizou 37 mil vezes. Um bom negócio para as duas partes, no âmbito de uma iniciativa de requalificação da autarquia.

Um prédio situado no centro histórico da cidade minhota de Braga foi hoje vendido a um bancário de 34 anos. Foi o desfecho de um leilão que durou pouco mais do que 10 minutos, de um edifício em ruínas cuja base de licitação era apenas um euro.

Aquele valor depressa passou para os milhares de euros e o leilão acabou por encerrado nos 37 mil euros. A Câmara Municipal de Braga recupera, assim uma parte do investimento que fizera há alguns anos, quando comprou o prédio por 45 mil euros. O negócio de hoje é considerado razoável pelo líder da edilidade.

“É um valor razoável, que está dentro dos valores de mercado, já que o mercado imobiliário assinalou uma baixa substancial de preços”, comentou o presidente Mesquita Machado, citado pelo Expresso.

Apesar de comprado pela autarquia recentemente, o prédio acabou por ir parar a leilão. A Câmara Municipal de Braga quis, com essa iniciativa, transportar jovens para o centro histórico da cidade.

E com uma base de licitação atrativa, o prédio cativou o interesse de alguns investidores. O leilão não durou muito – ao primeiro lanço já valia 5000 euros… Pedro Martins, de 34 anos, acabou por fazer a licitação mais alta, nos 37 mil euros, concretizando um negócio que deixou as duas partes satisfeitas.

Concretizada a compra, o prédio, que se encontra em ruínas, obrigará o novo proprietário a fazer investimentos na ordem dos 250 mil euros, para recuperar o edifício. Pedro Martins tem um ano de prazo para começar a empreitada e dois para a concluir.

A Câmara Municipal de Braga oferece o projeto de arquitetura do imóvel já aprovado. O objetivo do comprador do prédio que valia um euro pretende habitar no centro histórico da cidade dos arcebispos.

O presidente da autarquia promete iniciativas idênticas, com a finalidade de chamar a população jovem para o centro histórico, que se encontra pouco habitado e com muitos edifícios a necessitar de restauro.

Quem não conseguiu comprar este prédio terá outras oportunidades, já que o Programa Estratégico de Reabilitação do Centro Histórico de Braga, da autarquia, tem em vista iniciativas do género, para cativar os particulares a habitarem e requalificarem a zona histórica.

Estes projetos de requalificação urbana da zona histórica da capital do Minho inserem-se na iniciativa ‘Capital Europeia da Juventude’, que integram projetos cuja finalidade é chamar também a indústria criativa para a reabilitação de prédios urbanos.

O centro histórico de Braga está aberto aos jovens com iniciativa e ideias. E um euro pode ser o ponto de partida.

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