Kelly Oliveira foi condenada a 24 anos de prisão pela morte dos dois filhos, em dezembro do ano passado, tendo de abandonar Portugal após cumprir a pena. O Tribunal de Alenquer vincou que a mãe agiu “de forma fria e calculista” quando incendiou a casa onde estavam os filhos.
Kelly Oliveira, a cidadã brasileira que a 9 de dezembro do ano passado incendiou a casa onde estavam os dois filhos, causando a morte de ambos, foi condenada a 24 anos de prisão e à expulsão do país. Para o Tribunal de Alenquer, a mulher agiu “de forma fria e calculista”, sendo culpada de dois crimes de homicídio qualificado, um de dano e outro de maus tratos.
“É a mais profunda denegação dos valores da maternidade”, salientou a juiza Isabel Calado, referindo a “indiferença e insensibilidade” da condenada, “atuando com o acentuado desejo de vingança contra o pai e a avó” das crianças, de um e de dois anos de idade, ao cometer dois “homicídios inaceitáveis”.
Kelly Oliveira “não olhou a meios para atingir os seus fins”, salientou também o tribunal, validando a acusação do Ministério Público: a mulher, de 31 anos, colocou os filhos a dormir no quarto e incendiou o sofá que estava nessa divisão, com um isqueiro, fechando a porta. Antes de fugir, deixou uma carta ao pai da crianças, acusando-o de só dar atenção às crianças e de chantagear para evitar a separação.
A advogada da condenada já adiantou que vai recorrer. Durante o julgamento, a cidadã brasileira garantiu estar arrependida e negou que tivesse agido por vingança.
