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Justiça brasileira ordena retirada de vídeo de Bolsonaro sobre fraudes nas urnas

A justiça eleitoral brasileira ordenou hoje a remoção de um vídeo, colocado na Internet, em que o candidato à presidência do Brasil Jair Bolsonaro falava sobre fraudes nas urnas eletrónicas usadas nas votações das presidenciais do país.

A decisão foi tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tendo os juízes considerado que as alusões feitas pelo candidato sobre possíveis fraudes eleitorais excedem o nível das críticas e podem afetar a credibilidade do processo eleitoral.

“As críticas são legítimas e nós vivemos no Estado de Direito, mas os críticos tentando minar a justiça eleitoral e acima de tudo tirar sua credibilidade ante a população, deve ter um limite”, disse a presidente do TSE, Rosa Weber.

A frase refere-se a um vídeo gravado por Bolsonaro durante a campanha para a primeira volta das eleições, em 07 de outubro, que acabaria por vencer com 46 por cento dos votos, contra 29 por cento de Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores, com quem disputa a segunda volta este domingo.

Nesse vídeo, o candidato da extrema-direita declarou que “a grande preocupação é não perder por votos, mas perder por fraude, e essa possibilidade de fraude na segunda volta e talvez até na primeira é concreta”.

De acordo com o juiz Edson Fachin, outro membro do TSE, “com todo o respeito que a crítica merece, essa afirmação de que a possibilidade de fraude é concreto transborda a liberdade de expressão e entra no campo de agressão contra a honra de Justiça Eleitoral”.

Até agora, apesar da constantes advertências sobre uma possível fraude, Bolsonaro é o claro favorito para a votação final, que acontece neste domingo e, de acordo com o último levantamento, pode chegar a 57 por cento dos votos, superando seu adversário Haddad, que nas últimas sondagens surge com 43 por cento da preferência dos eleitores.

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