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Jovem faz queixa na polícia por piropos e assobios

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“Constrangida” pelos constantes assobios e piropos por parte de um grupo de homens, que chegaram a interromper-lhe a passagem, uma jovem foi à polícia apresentar queixa de assédio sexual. O testemunho de Poppy Smart abriu um intenso debate em Inglaterra.

O ‘piropo do trolha’ é um hábito que não conhece fronteiras. Porém, quando os piropos e os assobios dão lugar ao assédio, passa a ser um caso de polícia.

Poppy Smart, uma jovem de 23 anos que vive em Worcester, uma cidade no oeste da Inglaterra, apresentou queixa de assédio sexual contra um grupo de homens que trabalha numa obra, que decorre num local no caminho da jovem para o trabalho.

Para não ser importunada, Poppy Smart passou a usar óculos escuros e tentou ignorar usando auriculares. “Mas chegou um dia que eu disse basta”, explicou.

“A situação deixava-me muito constrangida e desconfortável e o fato de eles fazerem o mesmo todos os dias foi o que me levou a apresentar a queixa. Se tivesse sido um incidente isolado (uma, duas, três ou quatro vezes…) provavelmente deixaria passar, porque essas coisas acontecem”, argumentou.

De acordo com a queixosa, a situação prolongava-se há pelo menos um mês: “Eu passava ali todos os dias e eles assobiavam. Chegaram a sair da obra para acompanharem os meus passos enquanto assobiavam”.

Numa ocasião, “um dos homens parou à minha frente e disse ‘Bom dia, meu amor’, mas de uma forma muito agressiva e outro começou a gozar”, reforçou: “Chegaram a bloquear a estrada e eu tive que andar à volta deles”.

Depois de apresentar queixa às autoridades, Poppy Smart tentou entrar em contacto com o dono da obra para denunciar o comportamento impróprio dos trabalhadores.

O caso chegou à imprensa e tornou-se num dos tópicos do momento. A jovem não se arrepende: “É algo extremamente ultrapassado. Se quer aproximar-se de alguém, faça-o de uma maneira respeitosa”.

“Não assobie como se as mulheres fossem um pedaço de carne”, concluiu Poppy Smart.

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