Economia

Irão desmente boicote de petróleo depois da subida do preço do crude

petroleoO Irão chamou seis embaixadores – incluindo o de Portugal – para negar o rumor de que iria suspender o fornecimento de petróleo aos países europeus. O desmentido, contudo, não impediu a subida do preço de referência. Da parte de Portugal, o ministro Paulo Portas está a acompanhar a situação “com preocupação”. 

O Irão não vai suspender o fornecimento de petróleo aos países europeus “por razões humanitárias e devido ao frio”. A hipótese, ainda assim, foi suficiente a subida do preço do barril de Brent, a referência para muitos países importadores (como é o caso de Portugal), que evoluiu 0,58 por cento para os 118,85 dólares.

Para terminar com os rumores, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano convocou os embaixadores de alguns países europeus – Portugal, Espanha, França, Grécia, Holanda e Itália – para sublinhar “que o Irão vai rever as vendas de petróleo a esses países”, segundo a televisão estatal iraniana. O mesmo canal realçou que o Irão “pode substituir imediatamente” os compradores europeus por outros e que “isso não foi feito ainda dada a política humanitária do Irão e a atual situação da Europa”.

Poucas horas depois, o porta-voz do Ministério do Petróleo negou a suspensão do fornecimento: “desmentimos esta notícia. Se esta decisão foi feita, será anunciada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional”.

Na base desta tensão está a decisão da União Europeia em decretar um embargo ao petróleo iraniano, a partir de julho, com a potência do Médio Oriente a responder com a sugestão de um ‘contra-embargo’.”O petróleo é algo que podemos obter nos mercados internacionais e os sauditas disseram que vão aumentar a produção”, desvalorizou a porta-voz da Comissão Europeia para a Energia, Marlene Holzner.

A resposta portuguesa tem sido dada por Paulo Portas. O ministro dos Negócios Estrangeiros, que a 24 de janeiro assumiu que “a dependência de Portugal face ao petróleo iraniano é agora de zero por cento”, admitiu hoje estar a “acompanhar com preocupação” a evolução da situação. Paulo Portas assegurou ainda que vai entrar em contacto com o embaixador para se inteirar de todos os pormenores da conversa de hoje.

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