Se Julian Assange não fugir esta noite, amanhã os contribuintes britânicos vão pagar mais 11 mil euros. É esse o custo diário da viligância policial ao fundador do portal WikiLeaks, refugiado na embaixada do Equador em Lodnres desde junho de 2012.

Os números foram avançados pela Scotland Yard: por cada dia que Julian Assange, o australiano que fundou o site WikiLeaks, continuar refugiado na embaixada do Equador, em Londres, o Estado britânico tem de pagar 11 mil euros.

Como Assange pediu refúgio a 19 de junho de 2012, os contribuintes britânicos pagaram 6,4 milhões de libras (cerca de oito milhões de euros), até maio deste ano, para manter a operação de vigilância policial.

Para além do salário dos agentes destacados para o serviço de vigilância (incluindo as horas extras), a polícia tem ainda de suportar os custos com os equipamentos informáticos, as instalações e os veículos.

Ao nível das instalações, acrescente-se o ‘pormenor’ da representação diplomática equatoriana estar numa das zonas mais prestigiadas de Londres, bem próxima dos conhecidos armazéns Harrods.

A Scotland Yard não pormenorizou, “por motivos de segurança”, quantos polícias tem destacados para manter a vigilância do jornalista e ciberativista australiano.

Uma fonte da polícia britânica, citada sem identificação pela AFP, ‘piscou’ o olho à diplomacia equatoriana, mas sem sucesso: “continuamos sempre a contar com o Equador para ajudar a terminar com a residência dispendiosa e difícil de Assange”.

Sem sucesso porque Rafael Correa, o Presidente do Equador, voltou a repetir (terça-feira) que o australiano beneficiará da proteção das autoridades equatorianas durante o tempo que desejar, podendo viver “enquanto for necessário” na embaixada.

Julian Assange, de 42 anos, tornou-se conhecido por ser o fundador do WikiLeaks, o site onde foram divulgados milhares de documentos classificados como secretos por várias autoridades, em especial pelos EUA.

Só que a Suécia emitiu um mandado de captura internacional devido a um caso em que Assange é suspeito de agressões sexuais sobre duas mulheres, em agosto de 2010.

O australiano tem repetido que é inocente, mas se puser um pé fora da embaixada (em solo britânico) será imediatamente detido e extraditado para a Suécia.