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“Mais de metade do que ganho não sei para onde vai”, diz Jorge Jesus

jorgejesus4 Em Luanda, o treinador do Benfica, Jorge Jesus, elencou a lista de países onde ‘moram’ clubes que queriam contratá-lo. Preferiu Portugal, apesar da forte carga fiscal. “Mais de metade do que ganho não sei para onde vai”, diz, numa alusão aos impostos que paga. Mas Jesus teve outra afirmação curiosa: “Estou há cinco anos e o quinto já estava a ser confuso para muita gente”.

De Itália já se sabia que havia interesse em Jorge Jesus. O Milan tentou contratar o treinador do Benfica. Mas o mapa dos clubes que pretendiam Jesus passa por Inglaterra, Turquia e até pela Arábia Saudita e pelo Qatar. Mas Jorge Jesus quis cá estar, não obstante ter propostas do outro mundo.

“Só num ano, pagavam-me cinco, seis vezes o que ganho em Portugal”, salientou o treinador do Benfica em Luanda, numa conferência organizada pelo jornal Sol.

“Em Portugal, desconto 55 por cento do que ganho. Mais de metade do que ganho não sei para onde vai”, afirmou ainda o técnico português.

E por que razão não deixou o Benfica? “No país onde estou, sou um privilegiado. Ganho bem”, concluiu Jorge Jesus, que não se arrepende de ter permanecido em Portugal.

No entanto, a saída do Benfica será uma fatalidade. Como repete Jesus vezes sem conta, tem a mala sempre feita. Está apenas concentrado no Benfica e não deixou o clube da Luz porque “as propostas não surgiram no tempo certo”.

O treinador deixa entender que não será uma espécie de Alex Ferguson do Benfica, um treinador de décadas. Refere que sente resistências no Benfica. “Estou há cinco anos e o quinto já estava a ser muito confuso para muita gente”, dispara.

Esta conferência em Luanda deixa perceber que o fim de linha na Luz é anunciado pelo próprio. Talvez a próxima época seja “o tempo certo” para pegar numa mala que está sempre feita.

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