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Relatório prevê mais casos de cancro de mama em todo o mundo no próximo ano

cancro_mamaDe acordo com o relatório sobre os últimos 30 anos, os casos de cancro da mama aumentaram 3,1 por cento. O ‘World Breast Cancer Report 2012’ compara dados de 1980 com números atuais e regista um aumento de 640 mil casos para 1,5 milhões. O cancro da mama mata uma mulher por minuto, em todo o mundo.

Este crescimento de 3,1 por cento é considerado “impressionante”, de acordo com o coordenador do estudo, Peter Boyle, uma vez que existem mais ferramentas para combater a doença e, sobretudo, para diagnosticar precocemente, sendo que o diagnóstico é o melhor trunfo para a cura.

Durante o ano de 2013, o ‘World Breast Cancer Report 2012’ – da autoria do Instituto Internacional de Pesquisa da Prevenção, em Lyon, na França – estima que sejam detetados mais casos. Segundo este relatório, haverá um crescimento, com mais 60 mil casos comparativamente com o ano de 2011.

O cancro da mama é o tipo de cancro mais frequente e letal nas mulheres portuguesas, sendo que mata no mundo uma por minuto. Em Portugal, quatro mulheres morrem por dia, vítimas do cancro de mama. Em todo o mundo, há 1,4 milhões novos casos detetados anualmente (em 2012, este número aumenta) e 500 mil mulheres que morrem da doença. As probabilidades de desenvolver cancro da mama nas mulheres são 100 vezes maiores do que nos homens.

Estes números foram apresentados recentemente, na Semana Europeia do Cancro, pelo Ipatimup (Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto), que através de um vídeo da série [IN VIVO] ajuda as mulheres a perceber e prevenir este tipo de cancro, adotando os comportamentos mais adequados.

Apesar de o ‘World Breast Cancer Report 2012’ prever um aumento de casos, estima-se também que a mortalidade associada a esta doença diminua. É o efeito do avanço nos métodos de tratamento, que permite combater a doença com maior eficácia. O relatório aponta uma descida média anual, nos últimos anos, de 0,6 por cento.

O Ipatimup sublinha os fatores de risco e os sinais de alarme, para que as mulheres possam prevenir e agir, em vez de reagir. Esse risco aumenta se a menstruação for precoce (antes dos 12 anos). Uma dieta com muitas calorias na adolescência também contribui para o aumento do risco de cancro da mama.

O consumo de álcool, em qualquer fase da vida, assume um papel fundamental no aumento das probabilidades de padecer desta doença. Não ter filhos ou ter o primeiro após os 35 anos também contribuem para o aumento do risco do cancro da mama.

Outros sinais que devem ser tidos em conta são uma menopausa tardia, uma terapia hormonal de substituição, ou o excesso de peso na menopausa. O historial familiar de casos deste tipo de cancro também deve ser considerado pelas mulheres, sendo que o risco aumenta quando há casos de cancro de mama na família.

O cancro da mama é silencioso, mas pode provocar alterações visíveis no corpo (mudança do volume e da forma, ou manchas na mama), permitindo que a mulher possa ter perante si um sinal de alerta, mesmo não tendo dor. Em caso de dúvida, aconselha-se uma consulta no médico, com a maior urgência possível.

O ‘World Breast Cancer Report 2012’ permite perceber que os hábitos de prevenção fazem cada vez mais sentido.

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