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Greve dos motoristas de matérias perigosas é situação péssima para ‘rent-a-car’ e turismo

A Associação dos Industriais de Automóveis de Aluguer sem Condutor afirmou que a greve dos motoristas de matérias perigosas está a afetar o setor, sendo uma situação muito preocupante que prejudica a imagem do ‘rent-a-car’ e turismo.

“Já está a afetar o setor. É uma situação muito preocupante porque afeta a imagem do ‘rent-a-car’ e do turismo de forma séria”, afirmou à agência Lusa Joaquim Robalo de Almeida, secretário-geral da ARAC – Associação dos Industriais de Automóveis de Aluguer sem Condutor.

“É uma situação péssima e estou muito preocupado com as repercussões na imagem do turismo a nível internacional, nomeadamente na Inglaterra, Alemanha e Holanda, países que trazem muitos turistas para Portugal nesta altura da Páscoa”, sublinhou o responsável.

O secretário-geral da ARAC indicou também que “há empresas que já começaram a cancelar alugueres” e destacou “a grande preocupação” quer com os prejuízos diretos quer com os prejuízos ao nível da imagem que se passa para o exterior.

“Esta é uma época de grande movimento e sem combustível não conseguimos exercer a nossa atividade. Imagine um turista que chega ao aeroporto, tem carro alugado e não tem combustível para depois se deslocar”, frisou o responsável.

Segundo Joaquim Robalo de Almeida, vários delegados da ARAC espalhados pelo país indicaram que já está a faltar combustível em muitos locais.

A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.

Na terça-feira, gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis, provocando o caos nas vias de trânsito.

O primeiro-ministro admitiu hoje alargar os serviços mínimos e adiantou que o abastecimento de combustível está “inteiramente assegurado” para aeroportos, forças de segurança e emergência.

Na terça-feira, alegando o não cumprimento dos serviços mínimos decretados, o Governo avançou com a requisição civil, definindo que até quinta-feira os trabalhadores a requisitar devem corresponder “aos que se disponibilizem para assegurar funções em serviços mínimos e, na sua ausência ou insuficiência, os que constem da escala de serviço”.

No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a “situação de alerta” devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o sindicato, foram definidos os serviços mínimos.

Militares da GNR estão de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível possam abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.

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