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Governo diz que Angola já gastou até junho 12 milhões de dólares para importar arroz

O Governo angolano desembolsou já este ano 12 milhões de dólares (10,8 milhões de euros) para a importação de arroz, cereal de considerável consumo no país.

A informação foi hoje avançada pelo secretário de Estado para a Economia, Sérgio Santos, esclarecendo que, de janeiro a junho, o país gastou mensalmente uma média de dois milhões de dólares (1,8 milhões de euros) para a aquisição de quatro mil toneladas de arroz por mês.

“Se em média estamos a gastar dois milhões de dólares mês, em seis meses gastámos 12 milhões para importar quatro mil toneladas de arroz por mês”, disse Sérgio Santos, citado pela agência noticiosa angolana, Angop.

O governante angolano frisou que o país tem ainda uma baixa produção do cereal e problemas com o descasque.

Segundo Sérgio Santos, em quatro meses Angola pode produzir arroz, com duas a três safras por ano, todavia, “não existem esses níveis de produtividade”.

O secretário de Estado admitiu que já existe a nível interno alguma produção de arroz, mas é necessário meios para o processo de descasque.

Em novembro de 2018, o então secretário de Estado da Agricultura para o Setor empresarial, Carlos Alberto, disse que Angola tem um défice de 340 mil toneladas de arroz por ano.

Para fazer face ao quadro, o Governo traçou como meta passar, este ano, a produção de arroz de 60 mil toneladas para as 100 mil toneladas anuais, de modo a reduzir a importação deste cereal, estimada em 400 mil toneladas por ano.

Algumas investigações e extensão agrária para a retoma de produção de arroz nas regiões tradicionais da Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico, Malanje e Bié estão a ser feitas pelo setor, o que se pretende expandir também para outras áreas do país, ao mesmo tempo que se incentiva o cultivo do arroz de montanha, como na província do Uíje.

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