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Governo aponta dedo à Proteção Civil em Pedrógão

O Governo, através da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI), aponta o dedo à Proteção Civil no caso do incêndio de Pedrógão Grande, dizendo que a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) devia ter atuado mais cedo para precaver a situação.

O SGMAI diz que a ANPC devia ter solicitado “em tempo útil” uma estação móvel do sistema de comunicações SIRESP, quando notou que “a situação estava a tornar-se excecional”.

O pedido para ativar a estação móvel “às 21h15 pelo chefe de gabinete do secretário de Estado da Administração Interna”, enquanto que da parte da ANPC chegou esse pedido 14 minutos depois.

No entanto, “nesse momento era já impossível ter a EM (estação móvel) em Pedrógão Grande a tempo de ajudar a minorar as ocorrências que resultaram em mortes”, notando que eram necessárias quatro horas para a estação móvel se deslocar e ficar operacional no local.

Tendo por base a fita do tempo do incêndio, o SGMAI revela que “as mortes terão ocorrido até às 22h30 do dia 17 de junho”. Daí que até às 21h15 não teve “qualquer relato da existência de dificuldades nas comunicações” no sistema SIRESP.

No relatório, o SGMAI diz que “das diversas estações da rede SIRESP que servem a região, duas delas que cobrem a zona afetada pelo incêndio entraram em modo local (LST)”, aponta o documento, revelando que “cada estação SIRESP isolada assegura as comunicações dos terminais na sua área de cobertura, mas sem ligação aos terminais filiados em outras estações ou no resto da rede” quando entra em modo local.

A rede SIRESP, por seu turno, revelou que “não houve falhas” de funcionamento.

O incêndio de Pedrógão Grande, que deflagrou na região centro, desde o dia 17 de junho, provocou 64 mortes e mais de 200 pessoas ficaram feridas.

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