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Governo angolano reafirma compromisso antiminas, mas pede cooperação internacional

A ministra para a Ação Social angolana reafirmou hoje o compromisso do Governo angolano com a eliminação das minas antipessoais e apelou à mobilização internacional, esperando que a visita do Príncipe Harry dê “um novo impulso” ao movimento.

Carolina Cerqueira destacou os 60 milhões de dólares que foram já investidos em processos de desminagem, sobretudo no sul de Angola, mas destacou que é necessário a cooperação internacional.

“Interpretamos a vinda de sua Alteza Real como um impulso a esse movimento, a esse esforço do Governo angolano para banir as minas em todo o território nacional”, disse a ministra de Estado para a Ação Social aos jornalistas, pouco antes da chegada do Duque de Sussex ao aeroporto do Huambo.

A ministra deixou ainda palavras “de regozijo e grande alegria” que disse estarem expressas na manifestação popular que aguardava o príncipe, filho de Diana de Gales, no aeroporto Albano Machado, incluindo escuteiros, um coral religioso, folclore angolano e grupos de crianças.

“É a cidade de Huambo, em nome de toda a Angola que recebe o príncipe Harry, que, seguindo as pegadas da mãe, vem reafirmar o compromisso da Casa Real britânica para banir as minas terrestres e a solidariedade para com o progresso, o bem-estar e o desenvolvimento de Angola”, realçou Carolina Cerqueira.

Sobre a relação com a Grã-Bretanha, a ministra destacou a “cooperação e solidariedade e compreensão mútua”, que a visita de Harry “vem reforçar”.

Assinalou ainda que este é um momento importante para que o príncipe “constate no terreno o que é Angola após guerra”, depois do conflito armado que minou os campos, fragilizou as famílias e destruiu infraestruturas.

“Temos Angola a reconstruir-se, uma Angola moderna num processo de reconciliação, de unidade, de paz, de concórdia. E bom lembrarmos essa mensagem a nível mundial”, enfatizou a governante, acrescentando que o país “é uma referência para o mundo pela forma como o processo de reconstrução e reconciliação nacional está a ser desenvolvido”.

Sobre a adesão à Commonwealth disse que o processo está em curso: “o Governo está a envidar esforços para nos transformarmos em observador de tão importante comunidade”, um processo que, acredita, terá um desfecho “positivo”.

A governante salientou ainda que as vítimas das minas estão a ser tratadas e acompanhadas pelo Estado angolano, que tem recuperado e inaugurado centros ortopédicos, bem como apoiado a sua reintegração social.

“Se visitarem a administração púbica vão ver que em muitos locais encontramos cidadãos vítimas de minas que estão completamente reintegrados socialmente”, afirmou.

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