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França parou para o julgamento do infanticídio de oito ‘filhos do incesto’

dominique_cottrez

Começou ontem o julgamento da enfermeira acusada de matar oito filhos recém-nascidos. Dominique Cottrez, a arguida dos infanticídios que chocaram a França, terá cometido os crimes porque os bebés seriam fruto de uma relação incestuosa com o pai.

A França continua em choque com Dominique Cottrez: depois da descoberta dos cadáveres de oito recém-nascidos, começou ontem o julgamento da enfermeira que é suspeita de os ter assassinado.

Foi em 2010 que os corpos de dois bebés foram descobertos, enterrados no jardim de uma residência em Villers-au-Tertre, perto de Lille. Os desenvolvimentos levaram à descoberta de mais seis cadáveres, escondidos pela casa.

Nunca a história francesa conheceu um caso de infanticídio tão dramático.

As investigações levaram à detenção de Dominique Cottrez, uma enfermeira casada e com duas filhas adultas e vários netos.

A suspeita, de 51 anos, terá confessado que assassinou os oito bebés, todos filhos dela, entre os anos de 1989 e 2007.

Os crimes terão sido cometidos porque os recém-nascidos, ainda segundo a alegada confissão, eram ‘filhos do incesto’. Durante anos, Dominique Cottrez terá mantido uma relação amorosa com o próprio pai, que assim se tornava no avô e pai das crianças.

Para eliminar as ‘provas’ do incesto, a mulher sufocou os recém-nascidos. Porém, os exames confirmaram que todos os oito bebés eram filhos do marido, Pierre-Marie.

Este declarou nunca se ter apercebido de qualquer gravidez e muito menos de qualquer parto. Afinal, a esposa sofre de obesidade mórbida, pelo que eventuais mudanças no corpo não levantaram grandes suspeitas.

Depois de indiciado por cumplicidade, a falta de provas levou a que Pierre-Marie não fosse acusado.

O julgamento começou ontem, em Douai, e a França parou para saber se Dominique Cottrez, que responde por oito crimes de homicídio em primeiro grau, agravados pela menoridade das vítimas, vai ser condenada à prisão perpétua.

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