Mundo

França paralisada com mais de 4000 greves

A greve dos enfermeiros domina as atenções em Portugal no dia em que na França ocorrem… mais de 4000 greves! O Presidente Macron tenta avançar com uma reforma laboral e os principais setores saem à rua em protesto.

A contestação ocorre no momento em que Emmanuel Macron regista o índice de popularidade mais baixo desde que chegou ao Eliseu, com uma taxa de aprovação a rondar os 30 por cento.

O setor dos transportes públicos é o que tem mais greves agendadas, mas entre as 4000 paralisações há representação de vários outros setores, como a saúde (há hospitais que podem ter de fechar portas por falta de profissionais), correios, indústria petroquímica e até a aviação civil.

A reforma laboral preconizada por Macron aproxima-se dos modelos vigentes nas eficientes Alemanha e Suécia, mas implica uma maior facilidade nos despedimentos e constringe as capacidades dos sindicatos.

“Vamos lutar até ao fim para garantir que este decreto não passa”, garantiu o presidente da poderosa Confederação Geral do Trabalho, Phillipe Martinez, em declarações ao Le Parisien.

O primeiro-ministro, Edouard Phillipe, lembrou que a reforma laboral fazia parte das promessas que permitiram a Macron um expressivo triunfo nas eleições presidenciais: “Dissemos o que queríamos fazer e os franceses votaram nisso”.

Por ironia, o principal alvo da contestação dos trabalhadores nem sequer está em França. Emmanuel Macron deslocou-se de emergência à ilha de Saint Martin, uma das mais afetadas pela passagem do furacão Irma.

Em destaque

Subir