Economia

FMI e União Europeia rejeitam hipótese de Portugal pedir novo empréstimo

EuroOs “bons progressos” na redução da dívida pública levaram responsáveis do FMI e da União Europeia a descartarem a hipótese de Portugal ter de pedir um novo pacote de ajuda externa.

Nem um novo empréstimo, nem a reestruturação da dívida. O responsável da delegação do Fundo Monetário Internacional (FMI) que se encontra em Lisboa afirmou que “a dívida de Portugal é sustentável” e dispensa uma eventual renegociação entre o Estado e os privados que compraram dívida pública nacional. “Não vemos necessidade”, justificou Albert Jaeger.

O responsável do FMI, uma das entidades que constitui a ‘troika’ que cedeu ajuda externa, acrescentou que Portugal não precisará de regressar ao mercado da dívida de longo prazo de forma a ter financiamento adicional, isto apesar de, em setembro do próximo ano, o País ter agendado um reembolso de nove mil milhões de euros de dívida.

O comissário europeu realçou, a um nível mais geral, que a Europa pode ultrapassar a “ligeira recessão” em que se encontra quando tomar as medidas necessárias em conjunto, por ser “uma questõa de interesse comum”.

“Estamos a atravessar um periodo de ligeira recessão que pode ser relativamente curto sob a premissa de que a União Europeia (UE) vai tomar as medidas necessárias para a consolidação orçamental e proteções”, argumentou Olli Rehn.

Contudo, lembrou que a situação pode “tornar-se muito pior” se os países da União Europeia não resolverem a crise orçamental. Para Olli Rehn, 2012 é o ano decisivo para a implementação de políticas comuns de governação económica que reforcem a união monetária.

Os responsáveis do FMI e da UE não conseguiram fugir à comparação de Portugal com a Grécia. Albert Jaeger não acredita que Portugal, à semelhança dos helénicos, tenha de pedir aos credores um perdão da dívida. Elogiando “o consenso político e social” do nosso País, o responsável do FMI ressalvou que a cobrança fiscal em Portugal é mais eficaz do que na Grécia.

O comissário europeu, por seu turno, destacou que a Grécia “já fez muitas coisas” para reduzir o défice orçamental, mas que necessita duma maior unidade política e social para implementar as reformas estruturais exigidas pelo exterior.

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