Economia

Financiamento da economia foi de 1,4 por cento do PIB até fim de março

A capacidade de financiamento da economia portuguesa foi de 1,4 por cento do PIB no ano terminado no primeiro trimestre de 2018, refletindo a poupança das sociedades financeiras e dos particulares, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).

“A capacidade de financiamento da economia refletiu a poupança financeira das sociedades financeiras e dos particulares, respetivamente de 2 por cento e 1,4 por cento do PIB. Esta poupança foi mais do que suficiente para satisfazer as necessidades de financiamento das sociedades não financeiras e das administrações públicas, que atingiram, respetivamente, 1,4 por cento e 0,7 por cento do PIB”, refere.

Segundo o BdP, os ativos financeiros líquidos dos particulares e das sociedades financeiras apresentaram um aumento homólogo de, respetivamente, 2,0 e 1,4 pontos percentuais do PIB, refletindo, para além da poupança financeira, as variações nos preços dos ativos financeiros e dos passivos.

As sociedades não financeiras, por sua vez, registaram uma redução do valor negativo dos seus ativos financeiros líquidos de 1,4 pontos percentuais do PIB, decorrente do aumento do PIB.

As administrações públicas foram o único setor a evidenciar uma redução dos ativos financeiros líquidos, tendo diminuído 6 pontos percentuais do PIB face ao período homólogo.

No final do primeiro trimestre de 2018, a economia portuguesa tinha uma posição financeira líquida face ao resto do mundo de -106,7 por cento do PIB, o que compara com -105,8 por cento do PIB registados no final do primeiro trimestre de 2017.

Nas estatísticas de emissões de títulos de dívida e de ações relativas a maio de 2018, o BdP diz que, em maio, as emissões líquidas (emissões brutas deduzidas de amortizações) de títulos por residentes totalizaram 0,9 mil milhões de euros.

“Este montante é explicado, maioritariamente, pelas emissões líquidas positivas de ações, no valor de 0,7 mil milhões de euros”, refere.

Por setor institucional, destacou-se o setor das sociedades não financeiras, com emissões líquidas positivas de 0,8 mil milhões de euros, o valor mais elevado da série desde maio de 2017.

O saldo de títulos emitidos por residentes totalizou 465,1 mil milhões de euros, reduzindo 1,4 mil milhões de euros face a abril de 2018.

“Este decréscimo deveu-se, maioritariamente, à desvalorização dos títulos de dívida das administrações públicas, no valor de 3,0 mil milhões de euros, que mais do que compensou as emissões líquidas positivas no mês”, justifica.

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