Economia

Moratórias abrangiam 45 600 milhões de euros no final de fevereiro

O Banco de Portugal (BdP) revelou hoje que, no final de fevereiro, havia 45 600 milhões de euros abrangidos pelas moratórias públicas e privadas de crédito, menos 100 milhões do que em janeiro.

De acordo com o regulador, esta suspensão do pagamento dos empréstimos tem vindo a registar uma tendência decrescente, apesar do prazo para a renovação da moratória expirar hoje.

“Esta variação resulta de uma redução de 800 milhões de euros em empréstimos que deixaram de estar abrangidos por este regime (dos quais 700 milhões referentes a particulares), que foi parcialmente compensada por 700 milhões de euros de novos empréstimos em moratória”, explicou o BdP.

Criadas em março de 2020, na sequência do primeiro confinamento, as moratórias registaram um máximo de adesões em abril de 2020. O valor mais alto foi atingido em setembro, com 48 100 milhões de euros de pagamentos de empréstimos a ficarem suspensos.

Desde então, o valor em moratória tem vindo a descer: 46 900 milhões de euros em outubro de 2020, 46 600 milhões em novembro, 46 100 milhões em dezembro, 45 700 milhões em janeiro de 2021 e 45 600 milhões em fevereiro.

Os números avançados pelo BdP englobam os empréstimos abrangidos por moratórias públicas e privadas, tendo por base os elementos reportados pelas instituições financeiras à Central de Responsabilidades de Crédito do regulador.

Desde março do ano passado que milhares de clientes não estão a pagar os créditos aos bancos, fazendo uso do decreto-lei do Governo que permite moratórias nos empréstimos, criadas como uma ajuda a famílias e empresas penalizadas pela crise económica desencadeada pela pandemia de covid-19.

O período para particulares e empresas aderirem ao regime das moratórias bancárias (que permitem o adiamento temporário do pagamento das prestações de um empréstimo mediante o prolongamento, pelo mesmo período, do respetivo prazo) termina hoje. Os novos aderentes a moratórias têm direito a um prazo de vigência de nove meses, caso não tenham aderido anteriormente a esta medida.

Em destaque

Subir