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Fim do mundo: Hoje acaba o mundo, ou é o fim do mito atribuído aos maias

planetaFim do mundo chega hoje, sexta-feira, dia 21 de dezembro, segundo (más) interpretações do calendário dos maias, que prevê o fim de um ciclo e o início de um outro. A ‘profecia’ provoca mais risos e ninguém a leva a sério… Há pouco mais de um ano, outro profeta da desgraça apontava o fim do mundo para o dia 11 de outubro… E até encontrava a hora: 15h00. Errou e a vida continua…

Há cerca de um ano, um pregador evangélico encontrou o ano (2011), o mês (outubro), o dia (21) e a hora (15h00) para o fim do mundo. Segundo Harold Camping, o profeta da desgraça, o apocalipse estava perto. A boa notícia: Camping já previra anteriormente o ‘Dia de Julgamento’ e falhara. Culpou a Bíblia e redefiniu a data. Voltou a falhar.

Agora, por ‘culpa’ do calendário maia, o fim do mundo voltou à agenda. O mito nasceu no início de um ciclo do calendário da civilização pré-colombiana. Precisamente hoje, dia 21 de dezembro, termina um ciclo maia que começou há 5125 anos. E com o fim desse ciclo dá-se início a um outro.

Erros de interpretação que os cientistas tentaram esclarecer levaram a que se criasse a ideia de que o mundo termina nesta sexta-feira. Acontece que nem sequer os maias acreditavam que o fim do mundo coincidiria com o fim de ciclo do seu calendário. Pelo contrário, há registos que provam que, segundo os maias, o mundo tem amanhã.

Acontece que faltou bom senso e (justiça seja feita aos profetas da desgraça) este assunto apaixonou multidões. Só assim se compreende que uma legião de jornalistas tenha sido destacada para a aldeia francesa de Bugarach.

Esta pequena localidade perto dos poderia ser o único local onde a salvação era possível, nesta sexta-feira, dia 21 de dezembro. O mundo correu para Bugarach, que perdeu a pacatez necessitou até de acesso condicionado pela polícia.

Apenas os moradores, polícias em serviço e jornalistas com acreditação puderam entrar em Bugarach. Foram colocados postos de controlo nas fronteiras da aldeia francesa, em virtude do inusitado fluxo de pessoas, o que coloca a segurança em risco de crentes no mito, que querem escapar ao fim do mundo.

O mito de que o fim está por horas deixou parte do mundo a preparar-se para o fim, com verdadeiras loucuras, em nome da sobrevivência, no pós-21 de dezembro.

Entretanto, surgiu uma indústria pronta a satisfazer quem se quer preparar para o fim do mundo. Há seitas a vender espaços em bunkers e até um homem que criou uma espécie de ‘arca de Noé’, cobrando uma fortuna para quem quer sobreviver.

Há pessoas que venderam dedos e anéis para se salvarem, profundamente crentes de que esta sexta-feira é o fim. Vão acordar amanhã e perceber o erro que cometeram.

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