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Fernando Nobre. Deputado que queria ser presidente deve renunciar

Fernando Nobre prepara-se para renunciar ao cargo para o qual fora eleito. O fundador da AMI movia-se pela presidência da Assembleia da República, mas os deputados não o quiseram como segunda figura do Estado. Agora, Nobre não terá vontade de coabitar, no Parlamento, com os deputados que o chumbaram. O adeus está por horas.

A incursão de Fernando Nobre pelo cruel mundo da política está prestes a chegar ao fim, sem a glória que o próprio esperaria. Depois de ter faltado aos debates do programa do Governo de Passos Coelho, Nobre prepara-se para renunciar ao cargo de deputado.

Segundo escreve o DN, dentro do seio do grupo parlamentar do PSD surgem ecos de que Nobre não cumprirá o mandato. Esta informação, que ainda não foi confirmada, sustenta-se na ausência de Nobre naqueles dois debates tão importantes.

A decisão surge em consequência da dupla votação, que impediu nobre de suceder a Jaime Gama como presidente da Assembleia da República. Os deputados disseram ‘não’ e ‘não’, por ‘culpa’ da abstenção do CDS (cujos votos seriam suficientes para eleger a primeira escolha de Passos Coelho).

Só Assunção Esteves, de 54 anos, mereceu a aprovação da Assembleia e foi eleita presidente com 186 votos de todas as bancadas, tornando-se na primeira mulher a assumir o cargo (e o 12.º líder do Parlamento).

Caso se confirme esta renúncia, Fernando Nobre terminará a sua incursão política sem nunca a ter começado. Para a história fica o abandono a que foi deixado, no dia da votação, num ambiente que não lhe era familiar.

Em entrevista ao Expresso, Nobre garantiu que renunciaria ao cargo de deputado. Já em entrevista à RTP, revelou menos firmeza nessa intenção. “Se for eleito e se, por alguma circunstância não for nomeado Presidente da Assembleia da República, ajuizarei qual o lugar mais adequado para mim”, disse. Eis as declarações de Nobre:

https://www.youtube.com/watch?v=Q7VNup6hR3E

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