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Encontrados 41 migrantes vivos em camião frigorífico na Grécia

A polícia grega encontrou hoje 41 migrantes vivos dentro de um camião frigorífico que foi intercetado numa autoestrada na zona norte da Grécia.

Sete migrantes apresentavam problemas respiratórios e foram transportados para um hospital local.

As pessoas que estavam no interior do camião eram maioritariamente jovens do sexo masculino oriundos do Afeganistão, precisou a polícia helénica.

O motorista do camião frigorífico, natural da Geórgia, foi detido hoje de manhã por suspeita de tráfico de pessoas na autoestrada de Egnatia, na direção da cidade de Tessalonica, perto das portagens da cidade de Xanthi, segundo as forças policiais.

Um segundo indivíduo de origem turca, que viajava na cabine do camião, conseguiu fugir e continua a ser procurado pelas autoridades, avançou um ‘site’ de notícias local, citado pelas agências internacionais.

Xanthi é uma cidade no norte da Grécia, localizada a poucos quilómetros da região fronteiriça de Evros, que separa a Grécia da Turquia, um ponto de passagem frequentemente utilizado por redes de tráfico de pessoas desde a assinatura do acordo entre a União Europeia (UE) e Ancara em 2016, que visava restringir as novas chegadas de migrantes e travar um fluxo migratório em massa para a Europa (em particular entre as costas turcas e as ilhas gregas), e o reforço das patrulhas navais no Mar Egeu.

A descoberta destes migrantes na Grécia acontece cerca de duas semanas depois de a polícia britânica ter encontrado os corpos de 39 pessoas naturais do Vietname dentro de um camião refrigerado no condado de Essex, a leste de Londres.

Ao longo dos últimos dias foram relatados outros casos de grupos de migrantes encontrados vivos dentro de camiões, como foi o caso no norte da Bélgica (12 migrantes) e na zona de Kent, no Reino Unido (nove migrantes).

Pela primeira vez desde 2016, a Grécia tornou-se, este ano, a principal porta de entrada de migrantes e de requerentes de asilo para o território europeu.

Mais de 34.000 pessoas vivem atualmente em condições muito precárias em campos instalados em cinco ilhas gregas no Mar Egeu, instalações que têm uma capacidade total para 6.300 pessoas.

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