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Eduardo Cabrita e António Costa “tentaram disfarçar” morte no SEF

Manuela Ferreira Leite considerou que o Governo tem atuado com uma “irresponsabilidade sem dimensão” no caso da morte de um cidadão ucraniano nas instalações do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em março.

No comentário semanal para a TVI 24, a ex-ministra e antiga presidente do PSD salientou que o Governo foi forçado a lidar com o problema depois de “uma comissária europeia ter perguntado como é que é” e da “entrevista com a mulher da vítima”.

“Há uma certa tendência do PS para não assumir as responsabilidades no momento em que o deve fazer. Tem muita tendência para disfarçar, não ligar, não falar muito sobre o assunto a ver se se esquece. Este é um caso típico, tentaram minimizar o problema, pensando que isto ia passar”, argumentou.

Perante a morte de um cidadão estrangeiro à guarda do SEF, “a grande proposta do ministro foi a reestruturação” do organismo, algo que Manuela Ferreira Leite considerou “espantoso”.

“Parece que a saída da diretora-geral foi um ato burocrático. Ele não admitiu, ela também não pediu a demissão. É algo que tem estado a passar pelos pingos da chuva”, realçou.

No entender da comentadora, “a preocupação” das autoridades portuguesas “foi tão pequena” que o Estado nem sequer pagou a trasladação do corpo.

“Quando se diz que vão dar uma indemnização [à viúva], vão pressionados pela opinião pública”, sustentou.

A falta de condições de Eduardo Cabrita para se manter como ministro da Administração Interna “é o problema do primeiro-ministro”, António Costa.

“Toda esta atuação não é boa nem para ele [ministro], nem para o primeiro-ministro, que não desconhecia o que se passou. Tentaram ver se isto passava disfarçado, como quase ia passando. Se [o ministro] tivesse consciência da situação, a diretora-geral não precisava da reestruturação para ter saído”, considerou.

“Não se passaram dez dias, passaram-se quase dez meses sem se fazer absolutamente nada. É uma atuação que tem como objetivo encobrir, disfarçar, fazer de conta que não é nada connnosco”, concluiu Manuela Ferreira Leite.

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