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Faz uma dieta sem glúten? Os benefícios podem tornar-se numa doença

dieta sem glutenUma dieta sem glúten tem-se tornado numa opção de vida para cada vez mais pessoas, mas não significa que haja benefícios para todos. Nos alimentos sem glúten faltam nutrientes que podem acabar por provocar doenças graves.

Quem procura informação sobre estilos de vida saudável depara-se com cada vez mais informação sobre a dieta sem glúten.

No Reino Unido, de acordo com um estudo realizado pela Minte, sete por cento dos adultos evita o glúten por sofrer de intolerância ou alergia e oito por cento classificam a dieta sem glúten como parte integrante de um estilo de vida saudável.

Vários estudos comprovaram que o glúten, uma proteína que absorvemos através de cereais (como trigo, centeio, cevada e aveia), pode provocar graves problemas de saúde para quem, por exemplo, sofre da doença celíaca, um problema digestivo, com origem genética e crónico, que leva o sistema imunológico a atacar as paredes do intestino delgado, impedindo uma correcta absorção dos nutrientes.

Quem sofre de intolerância ao glúten tem de substituir os cereais por grãos como a quinoa e o trigo sarraceno, mas a grande maioria das pessoas pode – e deve – consumir os alimentos ‘proibidos’ por uma ‘dieta da moda’.

“Não há problema em retirar o glúten da alimentação diária ou reduzir o consumo para perder peso. O problema é cair na onda de receita pronta, que circula pela Internet e nas conversas das pessoas, e não procurar a informação adequada. O mais elementar das dietas saudáveis é consumir legumes, fruta e carne magra. São itens não contêm glúten. Retirar o glúten não é em si a questão, o problema. Aliás, não há problema”, garantiu a endocrinologista Telma Gobbi, citada pelo JCNet.

Falta de nutrientes

Os especialistas alertam que seguir uma dieta sem glúten implica abdicar de cereais como o trigo, o centeio e a cevada, que têm nutrientes como farelo, gérmen e endosperma.

São nutrientes muito nutritivos (contêm fibras, ferro, vitamina B e cálcio) e que não estão presentes (à parte do endosperma) em alimentos livres de glúten, pois estes foram produzidos com grãos refinados.

Há também cada vez mais críticas aos altos níveis de gorduras e calorias presentes nos produtos livres de glúten, os quais têm ganho força nas prateleiras das lojas.

“O glúten é um nutriente importante, mas que pode ser substituído. A questão central disso é não adotar algo como absoluto. Pode-se tirar o glúten, mas com orientação de um nutricionista”, adiantou o Marcelo Alias, também ao JCNet.

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