Há um jogo preocupante no Facebook e no Twitter, chamado “Game of 72”, que consiste num desafio para os jovens: desaparecerem durante um período de 72 horas, mediante algumas regras. O resultado é uma família preocupada e posts virais, nas redes sociais. As autoridades irlandesas, inglesas e norte-americanas já registaram muitas ocorrências.

O objetivo deste jogo bizarro é conquistar notoriedade nas redes sociais. Como? Desaparecendo durante 72 horas, o que gera inúmeras reações na família e no seio de amigos no Facebook e Twitter, durante três dias.

Há quem lhe chame “Game of 72” [Jogo dos 72], ou 72-hour-challenge [Desafio das 72 horas] e consiste num jogo em que os seus protagonistas são quase sempre adolescentes, que têm de desaparecer, para, desse modo, preocupar as suas famílias.

Antes de desaparecerem, devem, segundo as regras do desafio, tomar algumas medidas, para que a mentira ganhe credibilidade. Por exemplo, não podem deixar nenhum rasto, nenhum bilhete e são obrigados a deixar em casa o telemóvel.

A finalidade é apenas ser falado nas redes sociais, através das muitas partilhas que se geram. O fenómeno de desaparecimento de um jovem ou adolescente propicia inúmeras partilhas, concedendo ao jovem procurado um mediatismo que ninguém queria ter – até agora…

Não é uma brincadeira ingénua, pelo contrário, e já deixou algumas famílias em pânico. Por outro lado, as autoridades não estão preparadas para lidar com um fenómeno como este e têm dificuldade em distinguir entre um desaparecimento simulado ou verdadeiro.

De acordo com o site The Liberal, da Irlanda, há um investimento assinalável da polícia na procura de jovens que participaram no ‘Game of 72’.

A origem deste jogo remonta ao início do ano, quando se começaram a verificar casos repetidos, quer nos Estados Unidos, quer no Reino Unido. Porém, o jogo alastrou-se nos últimos meses a outros países, como a Irlanda, onde há registo de adolescentes que se tornam virais no Facebook e no Twitter porque simularam um desaparecimento que deixou as famílias preocupadas.

As autoridades desviam recursos para falsos desaparecimentos e não podem colocar como hipótese (quando as famílias denunciam um caso) a eventualidade de se tratar do 72-hour-challenge.