Insólito

Criada a “Rua Brexit” na França que não leva a lado nenhum… literalmente

Julien Sanchez, da Frente Nacional, nomeou uma das ruas da cidade como “Rua do Brexit”, uma estrada circular e, literalmente, sem saída. Fica situada numa zona industrial e já tem quem critique esta decisão por acharem ser desnecessária.

No dia 23 de junho do presente ano, decorreu no Reino Unido um referendo ao qual a população britânica mostrou-se a favor da saída do país da União Europeia.

Este foi um dos acontecimentos que mais marcou o ano de 2016, ficando conhecido por Brexit, e o autarca da comuna francesa de Beaucaire, na região sul do país, quis homenagear a escolha do povo britânico.

Julien Sanchez, da Frente Nacional, nomeou uma das ruas da cidade como “Rua do Brexit”, uma estrada circular e, literalmente, sem saída. Fica situada numa zona industrial e já tem quem critique esta decisão por acharem ser desnecessária.

Segundo o diário francês ‘Le Fígaro’, a decisão de nomear a rua foi tomada no passado dia 21 de dezembro, durante um conselho da comuna, com 23 votos a favor e nove contra. Na sua conta oficial de Twitter, Julien Sanchez justificou esta decisão, dizendo que se trata de uma “homenagem à escolha do povo britânico”.

O autarca em declarações à rádio ‘France Bleu’ explica que é “uma rua numa zona industrial e não vai interferir com a rotina diária dos residentes de Beaucaire”. E por se situar numa zona menos turística da cidade e ser basicamente uma rotunda sem saídas, a decisão de Julien já ganhou as críticas de alguns moradores.

A rua do Brexit vai ficar adjacente à rua Robert-Schumann e à avenida Jean Monnet, que são considerados os pais fundadores da União Europeia.

O autarca diz que a criação desta rua não é nenhuma provocação e que não se importa de recorrer ao tribunal para que esta rua, até agora sem nome, ganhe um novo significado no espaço de dois meses.

“Mesmo se houver um recurso, ele não tem a mínima hipótese de ganhar. Nós não criámos uma rua Pol Pot ou Klaus Barbie. Simplesmente escolhemos prestar homenagem a um povo soberano e aos líderes que assumiram as suas responsabilidades “, disse Julien Sanchez ao ‘Le Fígaro’.

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