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Crescem as críticas a Costa no PS

A polémica dos incêndios está a dificultar a vida de António Costa até no PS. Os críticos ‘acordaram’ e têm escrito sobre a “incompetência” do primeiro-ministro, termo utilizado por Manuel Alegre e Helena Roseta.

São cada vez mais as figuras de peso no PS que assumem o desconforto pela forma como António Costa geriu a polémica dos incêndios e a demissão da ministra da Administração Interna. Desde um dos fundadores, Manuel Alegre, até alguns protagonistas de tempos mais recentes, como o segurista António Galamba, têm escrito – nos media e/ou nas redes sociais – sobre a reação “completamente desastrosa” (Francisco Assis) do primeiro-ministro.

Ficam alguns exemplos, em discurso direto.

Manuel Alegre

“Dá vontade de chorar e não consigo ficar calado. É um símbolo triste da falência do Estado, fruto de décadas de desleixo, de incompetências, de amiguismos múltiplos, da submissão do interesse geral a interesses instalados e da capitulação perante lógicas que não são a dos fins superiores do Estado e do país”.

Ana Gomes

“Não percebi o António Costa e o que percebi não quero perceber. Quem encarna o Estado tem que assumir as responsabilidades do Estado. Tem de agir com cabeça fria, mas também de mostrar que tem coração”.

Helena Roseta

“Quando as pessoas desamparadas, um pouco por todo o Norte e Centro do país, tentavam apagar as chamas com baldes e enxadas e acabavam a chorar os seus mortos, não se pode dizer-lhes que sejam resilientes. Nem falar em férias sacrificadas. Nem voltar a remeter para relatórios. Não se pode. O Estado falhou e o Governo não foi capaz de perceber a dimensão da tragédia”.

Francisco Assis

“A reação política foi completamente desastrosa. Fez uma leitura errada do que estava a acontecer”.

Pedro Adão e Silva

“O que se espera é que use essa palavra, tragédia, que comece por um ato de contrição em nome do Estado, que mostre empatia em relação às pessoas que sofreram e depois que parta para uma solução. Só teve esta última parte”.

António Galamba

“Foram declarações inaceitáveis perante a realidade, que é dramática. Se olharmos para os últimos 13 anos, para os atos terroristas que aconteceram na Europa, só dois de 20 eventos tiveram mais mortos do que aqueles que já foram registados este ano em Portugal”.

José Junqueiro

“A intervenção do Presidente da República foi além do que era exigido porque o Governo, nesta matéria, ficou aquém do que lhe era exigido”.

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