O Salão Automóvel de Genebra deste ano mostrou um empenho claro de muitos construtores em modelos desportivos e nos chamados coupé com caráter distinto, fazendo-os sobressair das demais ofertas do mercado mundial. Por isso escolhemos quatro exemplos que se destacaram no evento suíço.
O Lexus RC 350 F Sport é um marco na história da marca. Não apenas por se tratar de um coupé que vai relançar o construtor no segmento dos desportivos, mas também por se tratar do modelo que serve de base ao seu envolvimento nas provas de GT.
As implicações de mercado de um coupé como o RC 350 F Sport são notórias, uma vez que põe termo ao mito LFA, que por ser tão caro para o que oferecia nunca vingou.
O novo coupé da Lexus é isso mesmo, um verdadeiro 2+2, com características menos exóticas do que o LFA mas mais de acordo com a realidade do mercado, recorrendo a linhas e imagem que se identificam perfeitamente com a marca.
Não falta a grelha que caracteriza os modelos mais recentes da Lexus, bem como óticas que se inspiram no mesmo tipo de desenho, linhas muito fluidas e entradas de ar verticais no pára-choques dianteiro e traseiro. Toques que reforçam a imagem agressiva do conjunto.
Sob o capot do RC 350 F Sport está um motor V6 de 3,5 litros debitando uns eloquentes 306 cv, que são servidos rodas de 19 polegadas e suspensões adaptativas. Como opção há ainda um sistema de quatro rodas direcionais.
O Mercedes S Coupé idêntica o novo três portas da marca de Estugarda com a sua mais recente gama, muito embora inclua detalhes que o tornam tão distinto como os seus antecessores. É o caso da generosa grelha e logo com amplo friso cromado ou do terceiro corpo com uma mala também rematada com friso cromado.
Um caráter que traduz o luxo e o desportivismo que continuam a nortear este 2+2 da marca da estrela, e que também se percebe no interior requintado mas simultaneamente ‘hitech’, com destaque para o painel de bordo Magic Sky Control.
Nos Estados Unidos o novo coupé da Mercedes terá uma versão S550 4Matic, equipada com um motor 4,7 litros v8 twin turbo, debitando qualquer coisa como 449 cv de potência, servido por uma caixa convencional de sete velocidades automática.
O maior atributo tecnológico provém da Função de Controlo Activo em Curva que funciona em conjunto com o Controlo Activo da Carroçaria para guiar o carro em curvas. A Mercedes diz que estes dispositivos diminuem o impacto das forças laterais nos passageiros.
A terceira geração do Audi TT é um dos modelos que mais chama a atenção no certame suíço. Um modelo que diminuiu em tamanho mas se aproxima mais daquilo que a marca germânica deseja que desempenhe no segmento de mercado a que se destina.
Com linhas mais angulosas do que o seu antecessor, o novo TT é mais consensual e mais bem proporcionado, com uma distância entre eixos e rodas que explora de forma mais racional os motores com que vem equipado, nomeadamente o 2.0 litros turbodiesel de 184 cv.
No entanto as versões mais ‘apetecidas’ serão as que utilizam o 2.0 Turbo TSi com 230 cv de potência, ou o impressionante 2.0T de 310 cv da versão de tração integração integral TTS.
Os interiores possuem um novo desenho, incluindo um tablier ‘virtual cockpit’ com diversas funções e novos ventiladores de ar.
A última proposta é italiana, embora – segundo o que diz o presidente da marca, Piero Mancardi – esteja prevista a produção de apenas oito exemplares, o novo Alfa Romeo Disco Volante é um ‘hino’ à beleza automóvel. No fundo é renascido o projeto da Corrozeria Touring Superleggera.
É uma espécie de coupé feito por medida, pois as cores variam consoante a escolha do cliente. Verde como o exposto em Genebra, ou azul, prata, preto e vermelho em várias tonalidades.
Seria bom que a Alfa Romeo mudasse de ideias e produzisse o Disco Volante em pelo menos umas centenas de exemplares, como fez com o C8 Competizione.
