Nas Notícias

“Costa toma as decisões mais simpáticas e se as coisas correm mal a culpa é da sociedade”

O antigo vice-primeiro-ministro Paulo Portas responsabilizou António Costa pelo agravamento da pandemia de covid-19 em janeiro, devido ao “facilitismo” no Natal.

No comentário semanal para a TVI24, o ex-presidente do CDS sustentou que o alívio das medidas restritivas durante a quadra natalícia foi o terceiro erro que Portugal cometeu desde o início da pandemia.

“Das três vezes que cometemos erros, como país, devem-se sempre a excesso de confiança”, considerou o ex-governante, lembrando a “impreparação do desconfinamento”, em maio, e o “não acreditar na segunda vaga”, no outono de 2020.

“Entre ser prudente e popular, o primeiro-ministro escolheu ser popular”, acusou Paulo Portas.

No Natal, António Costa adotou “a equação” de tomar “as decisões que são mais simpáticas” com a ‘segurança’ de vir a imputar “à sociedade” as culpas “se as coisas corressem mal”.

“Com certeza que há enormes responsabilidades na sociedade, daqueles que não compreendem o risco em que colocam a própria família e terceiros, mas quando as autoridades (neste caso, o primeiro-ministro) relaxam como nenhum outro país da Europa relaxou no período de Natal, facilitando em dezembro, a fatura paga-se em janeiro”, sustentou.

Criticando esse “facilitismo” no Natal, o ex-governante insistiu que o confinamento severo que se avizinha tornou-se “inevitável”, quando “não o era” no início de dezembro.

“Tivemos uma subida de 37 por cento nos contágios, no período de uma semana, é uma barbaridade autêntica. Isto está a gerar uma pressão sobre os internamentos que pode levar o sistema à rotura. Era preferível ter dito honestamente às pessoas que não havia condições”, insistiu.

Paulo Portas lembrou ainda que “o primeiro-ministro recusou-se a dizer” à sociedade um limite “de xis pessoas no Natal”.

“Há quem esteja francamente melhor do que nós estamos, precisamente pelo que aconteceu com as medidas no Natal. Temos 676 novos casos por 100 mil habitantes, quando a média europeia é quase metade. Quem foi mais cuidadoso durante o Natal está a beneficiar disso neste início de janeiro”, finalizou.

Em destaque

Subir